A maconha impacta (positivamente) a vida sexual? Estudo diz que sim
Quase 50% dos 200 homens e mulheres entrevistados afirmam que a maconha aumenta o desejo por sexo
Será que a maconha pode impactar a vida sexual? Há quem diga que sim, tanto de maneira positiva, quanto negativa, e há quem diga que não – mas, muitas vezes, essas afirmações vêm unicamente da percepção pessoal, sem um embasamento científico por trás. Compreensível, visto que faltam pesquisas específicas pela própria dificuldade de financiar esse tipo de estudo. Agora, no entanto, um estudo sai em defesa de quem responde que ela não só afeta o sexo, como faz isso de maneira benéfica.
Conduzido por cientistas canadenses (onde a maconha é legalizada para fins recreativos) e publicado no The Journal of Sexual Medicine, o estudo constatou que quase 50% dos 200 homens e mulheres entrevistados online afirmam que a maconha aumenta o desejo por sexo. 74% dos entrevistados ainda relataram uma maior satisfação sexual. Em outro estudo, conduzido pela especialista em medicina sexual e menopausa Becky K. Lynn e publicado em 2019, com 375 mulheres constatou que 34% das usuárias que fumavam antes do sexo diziam sentir mais prazer.
Mas, calma, que nem tudo são flores (trocadilhos a parte): 16% dos participantes canadenses disseram que, apesar de sentirem uma melhora em alguns aspectos, existe uma piora em outros. Já um levantamento da International Society for Sexual Medicine aponta que os usuários masculinos da maconha relatam que o uso antes da relação resulta em problemas de ereção, falta de desejo ou ansiedade e dores diversas.
Compreender melhor a relação entre a maconha e o sexo – ou mesmo outros aspectos da vida cotidiana – ainda está longe de acontecer. Como muitos estudos são conduzidos nos Estados Unidos, onde a droga só é liberada para fins recreativos em 18 estados, faltam autorizações e financiamentos para que os cientistas possam conduzir estudos com a população em geral. Outros países sofrem com o mesmo problema, já que a maconha recreativa é liberada em apenas 6 nações (apesar de essa lista mudar constantemente).