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11 mitos e verdades sobre masturbação feminina

Vicia? É possível gostar mais do que de sexo com outra pessoa? Pedimos para especialistas explicarem tudo!

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 19 abr 2023, 13h35 - Publicado em 13 jul 2017, 21h42
 (Camilla Loureiro Pereira/MdeMulher)
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Ninguém tem tanto acesso ao seu corpo quanto você mesma. Pensa só: ele está aí, só esperando ser tocado e conhecido em todos os seus aspectos, desde os mais práticos (como verificar se a pele está ok) até o mais prazeroso (se descobrir sexualmente como você merece). Aproveite isso e se jogue na masturbação, mulher! É o método mais garantido para saber onde são seus pontos de prazer, de que maneira você gosta de ser tocada e como chegar ao orgasmo com mais facilidade e felicidade.

Leia mais: Masturbação feminina: técnicas para você ter muito prazer

Mas é fato que ainda existem dúvidas e tabus sobre a masturbação feminina. Pois bem, está na hora de acabar com isso! Conversamos com um time de especialistas para desvendar mitos e verdades sobre a masturbação feminina: as ginecologistas Júlia Kefalás Troncon (membro da Comissão Nacional Especializada de Sexologia da Febrasgo – Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) e Patricia Lourenço Bragaglia (médica do Hospital Santa Cruz – SP) e as psicólogas Margareth dos Reis (terapeuta sexual de casais do Instituto H. Ellis de São Paulo – Centro Multidisciplinar de Diagnóstico e Tratamento em Sexualidade Humana) e Suzana Valeska Alves (especialista da Unifesp – Universidade Federal de São Paulo na área de disfunção sexual feminina).

Dá um play na sugestiva “I Touch Myself”, da Divinyls, e vem saber mais!

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1. Posso pegar uma DST (doença sexualmente transmissível) me masturbando.

Mito se a masturbação for solitária, mas verdade se estiver acompanhada e compartilhando apetrechos eróticos, como vibradores, sem que eles sejam esterilizados ou protegidos (com preservativo) a cada pessoa que usá-los.

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2. Se eu ficar colocando meus dedos na vagina, vou pegar uma infecção.

Mito. Basta estar com as mãos bem higienizadas e as unhas limpas para evitar isso. A masturbação pode até ajudar na prevenção de doenças, como pontua Suzana: “Ela pode auxiliar na liberação de bactérias antigas do colo do útero, aliviando algumas infecções, inclusive a urinária”.

3. É possível perder a virgindade me masturbando.

Mito se for uma masturbação clitoriana, mas verdade se houver a introdução de objetos na vagina: o hímen pode ser rompido por um vibrador.

4. É mais fácil chegar ao orgasmo me masturbando do que fazendo sexo com outra pessoa.

Verdade. O autoconhecimento proporcionado pela masturbação faz com que seja mais fácil saber exatamente que pontos “ativar” para que o orgasmo seja atingido. “O orgasmo vem, na maioria das vezes, da manipulação do clitóris. Estudos evidenciam que 70% das mulheres precisam disso para sentir um orgasmo”, conta Júlia. Claro que há exceções, e algumas mulheres podem chegar melhor ao orgasmo com o parceiro ou a parceira. Ou, ainda, precisar das duas coisas ao mesmo tempo. E tudo bem.

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Woman with hand in panties
(b-d-s/ThinkStock)

5. É possível gostar mais de masturbação do que de sexo com outra pessoa.

Verdade. “E isso não é necessariamente um problema. Sentir prazer é o mais importante”, observa Patricia. Ela recomenda que, se isso causar desconforto em um relacionamento, a melhor maneira de resolver é conversar com o parceiro ou a parceira sobre como gosta de ser estimulada. O que nos leva a…

6. Posso ensinar outra pessoa a me masturbar.

Verdade verdadeiríssima. Pode e deve. “Este é um propósito muito importante da masturbação feminina, é o que se espera quando a mulher entende como responde ao prazer, como gosta de ser tocada”, afirma Margareth. Para ensinar com jeitinho, sem tom professoral ou jeitão de estar dando ordens, você pode levar a mão dele ou dela até o lugar certo ou ir guiando com sussurros. É infalível!

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7. Masturbação feminina vicia.

Mito. Em primeiro lugar, Júlia esclarece que “não há frequência masturbatória que seja considerada excessiva, mas, se interferir na rotina, precisa ser investigada, porque algumas desordens psiquiátricas podem estar associadas a uma aumento da frequência de masturbação”. Causas psíquicas à parte, a masturbação só traz benefícios. “Masturbação é um ato de autoamor, autoerotização, auto-sedução extremamente saudável”, garante Suzana.

8. Se eu me masturbar, estou traindo meu parceiro ou minha parceira.

Mito. A masturbação não tem nada a ver com fidelidade ou o amor e o respeito que uma pessoa sente pela outra, porque, em primeiro lugar, diz respeito ao prazer individual. “É um momento que se vive fora da intimidade do casal, para a autoadministração do prazer”, explica Margareth.

Woman’s hand reaching for dildo in bed
(IPGGutenbergUKLtd/ThinkStock)

9. Se colocarmos um vibrador ou outro brinquedo sexual na jogada para ele ou ela me masturbar durante o sexo, nunca mais o sexo a dois poderá ser feito sem esse apetrecho.

Mito. Pode ser que em uma transa seja incrível e na próxima seja ridículo de ruim – o que dita isso é o tesão do momento. E novidades podem e devem ser incluídas nas relações sexuais constantemente. Segundo Patricia, “o uso de artifícios pode ajudar a estimular a curiosidade do casal, inovar e reoxigenar a relação. Quebrar a rotina sempre é benéfico.”

10. A masturbação pode ajudar em casos de agitação e insônia.

Verdade. Suzana explica por quê: “A masturbação libera hormônios que melhoram o humor, proporcionam relaxamento e sensação de bem-estar, aliviando o estresse, que costuma ser o grande inimigo de uma boa noite de sono”. Margareth concorda, mas faz uma ressalva: “Que isso seja um benefício a mais, não o objetivo da masturbação. Porque o objetivo real dela é permitir que a mulher se conheça melhor e sinta mais prazer.”

11. Não é saudável se masturbar durante a menstruação

Mito. Há inclusive benefícios para algumas mulheres, porque a masturbação pode aliviar – e muito – as cólicas menstruais.

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