Apê paulistano com casamento de coleções
Este apê de visual limpo tem protagonistas bem definidos: o mobiliário dinamarquês e brasileiro de época e as belas obras de arte
Para o arquiteto Felipe Hess, projetar a própria casa não foi uma tarefa das mais fáceis. “São muitas referências acumuladas ao longo do tempo. É difícil sintetizá-las”, explica. A frase pode parecer estranha dita por um arquiteto tão jovem (ele tem 32 anos), mas, acredite, bagagem é o que não falta.
Com senso estético apurado, Felipe passou por importantes escritórios brasileiros antes de partir para o voo solo, em 2012. O projeto desse apê paulistano de 140 m² – pensado inicialmente apenas para ele – inaugurou a nova fase profissional e, alguns anos depois, também marcou o início da vida a dois.
“Quando casamos, a Cris se mudou para cá e trouxe sua coleção de obras de arte, que, com meu acervo de móveis, definiu o clima da decoração”, conta.
Algumas das peças do arquiteto, que tem predileção pelo design brasileiro e escandinavo das décadas 1950 e 60, são verdadeiros tesouros: o sofá criado pelo dinamarquês Hans Wegner, os itens assinados por Jean Gillon, Jorge Zalszupin e pela dupla Ansgar Fog e Erik Morup dão uma pequena amostra das relíquias expostas no living.
Esse ambiente, de paredes brancas e colunas de concreto, aliás, é o mais usado pelo casal, já que inclui também a sala de jantar. Ali, uma estante com 6,50 m de extensão ressalta o espaço amplo – conseguido graças à integração do terceiro quarto.
O segundo foi reservado para o filho do casal, Otto, 2 anos, e ganhou um berço de madeira e latão desenhado por Felipe, o que confere personalidade ao canto do pequeno.