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Tecnologia impulsiona carreira de mulheres na criação de conteúdo

BrandLovrs conecta criadores de conteúdo que atuam em nichos regionais e temáticos a grandes empresas

Por Da Redação
15 jul 2024, 17h00
Micro influenciadores Brandlovers
Micro influenciadores são cada vez mais buscados por marcas (Reprodução/Reprodução)
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Existem atualmente 13 milhões criadores de conteúdo no Brasil. Mas nem todos, claro, são aqueles reconhecidos nacionalmente. Na verdade, 99% são nanos e micros, ou seja, criadores que tem até 10 mil seguidores e 100 mil seguidores. E que, apesar de entregas consistentes e resultados muitas vezes superiores ao de seus pares célebres, são constantemente invisibilizados em campanhas e ações de mídia — a grande maioria das oportunidades de monetização dos influenciadores e criadores de conteúdo está concentrada no topo da pirâmide, aquele 1% com mais de 100 mil seguidores.

Lana Jacob
Mãe, Lana Jacob compartilha a sua rotina com 15,3 mil seguidores (Lana Jacob/Divulgação)

Neste cenário a tecnologia tem um papel importante para democratizar o acesso de nano e micro creators há campanhas de publicidade com grandes marcas. Foi assim com a Lana Jacob (@lanaajacob), 27, moradora de Macapá. Ela não imaginava que, menos de dois anos após começar a criar conteúdo de forma frequente para as redes, já teria no currículo trabalhos de publicidade para marcas de alcance nacional como Magalu e Polishop.

Nascida em Belém, Lana se mudou para a capital do Amapá com a família ainda na infância, e ao se tornar mãe, na adolescência, começou a compartilhar no Snapchat suas mudanças de vida.

Entre trocas de fraldas e sonhos adiados, sem romantizar desafios e buscando falar com honestidade sobre sua experiência, acabou criando uma conexão genuína com sua comunidade, e encontrando uma vocação como comunicadora. 

O primeiro trabalho remunerado veio em 2018, quando a UNIP (Universidade Paulista) ofereceu uma oportunidade que ela não hesitou em abraçar. Hoje, focada no Instagram, Lana tem mais de 15.000 seguidores — alcance que a coloca na categoria de micro creator. Em 2022, Lana conheceu a BrandLovrs, plataforma brasileira que usa tecnologia para unir criadores de conteúdo e marcas. Poucos meses após se cadastrar, recebeu uma oferta de trabalho com o Magalu.

“No começo, eu nem acreditei que era verdade! Mas de fato eles haviam me escolhido para o trabalho. Eu percebi que tinha ali uma oportunidade enorme, e me dediquei de verdade, criando um vídeo que me orgulho muito até hoje. Foi um divisor de águas na minha trajetória”, afirma Lana. 

Depois dessa campanha vieram outras oportunidades de trabalho com marcas nacionais e, principalmente, com parceiros regionais, como supermercados e lojas da cidade, que enxergam em Lana uma figura de destaque na comunidade, capaz de alavancar a divulgação de promoções e outras ações de marketing. 

Karla Schwarz
Hoje, Karla Schwarz compartilha fotos e traz algumas dicas de bem-estar sexual (Instagram @taysamp_fotografia/Reprodução)
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Para Karla Schwarz (@karlaschwarzz), de 35 anos, moradora da capital paulista, o pontapé inicial para se dedicar a profissão de criar conteúdo veio durante a pandemia.

Com uma casa repleta de vida – incluindo 18 gatos, oito cachorros, dois jabutis e outros animais resgatados – Karla se viu diante de desafios financeiros significativos, especialmente quando descobriu que quatro dos gatinhos resgatados haviam desenvolvido um problema neurológico, que possui um tratamento muito caro. Em vez de pedir doações ou realizar rifas, ela decidiu explorar todas as formas possíveis de gerar uma renda extra para cobrir os custos do tratamento.

Karla começou a criar conteúdo digital como uma forma de renda complementar, conciliando sua paixão pelos bichinhos com a necessidade de garantir um sustento digno para eles.

Trabalhando inicialmente como modelo alternativa sensual e publicando em perfis privados, sua trajetória profissional sofreu uma reviravolta – hoje ela afirma ganhar mais com a criação de conteúdo do que ganhava trabalhando como CLT na indústria da moda.

A maior parte das publicidades que realiza é via BrandLovrs onde aprendeu a selecionar marcas que tem adequação ao seu perfil e ressoam com seu público. As redes, assim, se tornaram sua terceira maior fonte de renda, oferecendo uma forma organizada e eficiente de colaborar com grandes anunciantes.

Karla diversificou sua presença online utilizando múltiplas plataformas, incluindo Instagram, Twitter, OnlyFans e um site próprio para divulgar cupons e usar como portfólio.

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Ela trabalha com posts colaborativos entre seus diferentes perfis e percebeu um grande interesse do seu público em campanhas de lingeries e cuidados sexuais, temas que se conectam bem com seu conteúdo e são do interesse da sua comunidade.

Cristiane Lima
Depois de ser demitida na pandemia, Cristiane Lima passou a focar nas redes em período integral (Instagram/Reprodução)

Para as mães, a profissão também ganha destaque pela flexibilidade que oferece. Cristiane Lima (@igcrislima no Instagram), de 34 anos, moradora do Distrito Federal, começou a usar redes sociais nos tempos do Flogão.

Mas foi após se tornar mãe, em 2018, que encontrou seu nicho e começou a criar conteúdo mais significativo, falando sobre questões da maternidade, e encontrando uma comunidade com quem trocar impressões e informações sobre esse momento da vida.

A pandemia trouxe mudanças drásticas para muitos, e para Cris, significou a demissão de seu trabalho. Desde então, a criação de conteúdo passou a ser seu foco.

Com dois filhos pequenos, Derik de 6 anos e Dilan de 2 anos, Cris encontrou uma oportunidade não só de expressar sua criatividade, mas também de estar presente na vida dos filhos. Desde janeiro de 2022, quando decidiu que não queria voltar ao mercado de trabalho tradicional, ela se dedica integralmente à criação de conteúdo.

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Seu primeiro trabalho pago veio através da BrandLovers no ano passado, um marco significativo que a motivou a seguir em frente. Hoje, Cris colabora com várias campanhas, inclusive de marcas de alcance nacional. “Ter sido paga por minhas primeiras publicidades foi uma validação mesmo, me mostrando que estava no caminho certo,” comenta a criadora. 

Hoje a BrandLovrs possui uma comunidade de mais de 160 mil creators, desses 78% são mulheres. Rapha Avellar, CEO e cofundador, destaca: “Estamos muito orgulhosos de facilitar oportunidades que ajudam creators talentosas como Lana, Karla e Cris a transformar suas paixões em fontes de renda. Nosso compromisso é garantir que mais pessoas possam se destacar no mercado digital, obtendo reconhecimento e resultados concretos para seu trabalho”.

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