As condições físicas, psicológicas e financeiras do dono devem estar de acordo com as necessidades da raça eleita
Foto: Getty Images
Levar um cachorro para casa é uma alegria. Quando há crianças envolvidas, então, vira uma festa. Mas, para evitar problemas futuros, não se deixe seduzir apenas pela fofura. Tome uma decisão consciente. “Ao adotar um cãozinho, você está se comprometendo a cuidar dele pelos próximos 15 anos”, lembra a veterinária e psicóloga Hannelore Fuchs, especialista em comportamento animal, de São Paulo. “Ele é um ser vivo e não pode ser descartado depois.” Para acertar na escolha, segundo ela, é preciso considerar o perfil e o estilo de vida do futuro dono. “As condições físicas, psicológicas e financeiras dele devem estar de acordo com as necessidades da raça eleita”, resume Hannelore. E exemplifica: “Imagine uma pessoa pequena guiando um cão de grande porte. Ela dificilmente conseguirá fazê-lo”.
Vale olhar também para o espaço que a pessoa dispõe e até para a renda familiar. Cães de grande porte são mais dispendiosos que os pequenos, pois comem maior quantidade de ração. E eles necessitam de mais metros quadrados para se exercitar. É claro que, no fim, vai pesar bastante na balança quanto você gostou de um cachorro em particular e se quer comprá-lo ou adotá-lo. Até porque toda regra tem sua dose de flexibilidade. Por exemplo: um animal tamanho G pode viver em apartamento não tão espaçoso se for possível para seu dono levá-lo diariamente para longas caminhadas. “Os cuidados que você terá com o cão serão essenciais para definir a personalidade dele”, diz a veterinária Marina Kroschinsky, do Marginal Pet Center, em São Paulo. Para ajudar ainda mais na escolha do cachorro que melhor se adapta a sua rotina, a expert destaca as características predominantes de algumas raças. Informe-se ao máximo antes de decidir. Depois, divirta-se!
Continua após a publicidade
Atividade física
Terrier brasileiro (antigo fox paulistinha), labrador, golden retriever, border collie e whippet são cachorros resistentes que precisam gastar energia. Podem, assim, se tornar ótimos parceiros na prática de exercícios. Embora todo cão tenha de se mexer, os de focinho chato, como o pug e o buldogue francês, não aguentam calor nem ritmo puxado. Preferem o sossego de casa.
Continua após a publicidade
Espaços reduzidos
Em geral, cães de pequeno porte, como shitzu, lhasa apso, yorkshire e dachshund (salsicha), combinam mais com essa realidade. Mas há exceções: o beagle, apesar do tamanho, é bem ativo e pede espaço.
Continua após a publicidade
Crianças a bordo
Poodle, cocker e dálmata adoram brincar e podem ser excelentes para uma casa com crianças. Já os pequenos e frágeis yorkshire, pinscher e spitz correm o risco de se machucar em ambientes agitados.
Continua após a publicidade
Pelos
Diferentemente do que se imagina, cães de pelagem longa, como poodle e yorkshire, soltam menos fios. Mas exigem mais tempo para a escovação diária.