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Reprodução assistida: técnicas, efeitos colaterais e riscos

Alegria, esperança, medo, raiva, culpa, baixa autoestima. Mulheres que já passaram pela loteria dos tratamentos para engravidar lidam com a alta voltagem emocional de uma jornada sem final feliz garantido

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 17 jan 2020, 09h06 - Publicado em 7 dez 2011, 21h00

Em qualquer método de reprodução, as mulheres acumulam sintomas psicossomáticos vindos da administração de hormônios
Foto: Getty Images

 

Decidir entre ter ou não ter filhos pode até ser um processo penoso, mas é o tipo de coisa que fica no campo do livre arbítrio, só depende da vontade da mulher, ou do casal.

Quando a saída é procurar ajuda nas técnicas de reprodução assistida, o condão da maternidade sai da esfera da vontade soberana e, de repente, se transforma no imponderável. Todos os anos, pelo menos 60 mil procedimentos do gênero são feitos no Brasil. Só no caso das fertilizações in vitro, por exemplo, de cada dez mulheres que tentam, só três engravidam.  É uma loteria que envolve um tsunami de estados emocionais – alegria, esperança, ansiedade, decepção, raiva, culpa, baixa autoestima. “O instinto da preservação da espécie, algo bem primitivo, é colocado em xeque”, resume Maria Cecília Erthal, diretora médica.

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O processo, os efeitos colaterais e os riscos envolvidos, claro, ajudam a embolar o campo de batalha. A vida para, fica em suspenso. Em geral, o tempo entre a primeira consulta e o resultado do exame de gravidez dura dois meses, várias idas ao médico e a definição da técnica reprodutiva. São basicamente duas: a inseminação artificial, que inclui o melhoramento dos espermatozoides que serão colocados nas trompas da mulher; e  a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação do óvulo se dá numa incubadora e os embriões são transferidos para o útero.

Há ainda uma variação da FIV, a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI) em que a fertilização também ocorre numa incubadora, mas são feitas micromanipulações no espermatozoide e no óvulo para que aconteça a fecundação.

Em qualquer método, as mulheres acumulam sintomas psicossomáticos como os físicos, vindos da administração de hormônios. “Entre 10% e 15% delas sofrem efeitos colaterais como cólicas. Agora há hormônios modernos que não alteram o humor. Mas o processo gera ansiedade em praticamente 100% dos pacientes”, diz Edson Borges, do Fertility Centro de Fertilização Assistida. Quando a gravidez não acontece, o turbilhão aumenta. “O baque do fracasso na primeira tentativa nos casais é muito forte. Ninguém faz tratamento esperando que não dê certo. Por isso é essencial esclarecer as chances de sucesso e oferecer amparo de psicólogos”, afirma Borges.
 

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