Posso sair do grupo de WhatsApp que reúne meus colegas de trabalho?
Nossa colunista Cynthia de Almeida conta o que fazer se o grupo criado para falar de encontros fora de expediente não para de apitar com mensagens de trabalho
Alguém no trabalho sugeriu formarmos um grupo de WhatsApp para marcarmos nossos encontros fora do expediente. Mas o grupo virou um prolongamento da empresa, com troca permanente de mensagens sobre projetos e clientes. Não para de apitar nem nos finais de semana. Mesmo que eu tire o som, surgem na tela a todo instante. Posso, discretamente, sair do grupo?
Infelizmente, não. Sair de um grupo de WA é como sair da sala de uma reunião e não voltar mais. No mínimo, pega mal e exige uma explicação. Não há também como fazê-lo “discretamente” visto que o aplicativo vai denunciá-la imediatamente. E é mais difícil do que escapar de situações reais, já que, virtualmente, você não pode dizer que vai até ali atender o celular e sumir. Ainda não há regras claras de etiqueta para a utilização dessa forma de comunicação instantânea (e infernal), mas, como sempre que surge um novo canal, o bom senso e o tempo se encarregarão de civilizá-la. Por ora, uma forma simpática de pular fora seria lembrar aos participantes do grupo que ele foi criado para combinar a happy hour e sugerir a criação de outros grupos (dos quais você tem que ficar bem longe) para tratar de temas mais importantes. Ou pedir que os componentes que tiverem insights mirabolantes nas horas vagas possam guardá-las até segunda-feira para evitar que se percam entre a caipirinha e o cinema de sábado. Como recurso desesperado, você poderá trocar de linha, “perder” o celular e “esquecer”de configurar o aplicativo por um tempo. A única boa notícia sobre grupos ativos de WhatsApp é que eles tendem a cansar todos os participantes e emudecer com o tempo. Se você ficar bem quietinha, talvez o seu não resista à virada do ano…
Cynthia de Almeida é colunista de CLAUDIA e escreve aqui no site toda terça-feira. Mande sua dúvida para ela!