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Por que o intercâmbio é bom – para os seus filhos e para você

O adolescente só tem a ganhar com uma temporada de estudos no exterior. Segure a onda da saudade e faça as melhores escolhas para tudo correr bem

Por Suzana Lakatos (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 18h17 - Publicado em 2 nov 2010, 22h00
Suzana Lakatos e Fábio Mello
Suzana Lakatos e Fábio Mello (/)
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O adolescente ganha jogo de cintura, independência ematuridade no Intercâmbio. Foto: Getty Images

Cursos de férias

São focados no treino de um idioma e temperados com atividades culturais, esportivas ou de entretenimento e permitem o contato com jovens do mundo inteiro. “Ninguém aprende uma nova língua em um mês, mas a imersão permite dar um salto na capacidade de expressão”, garante Claudia Martins, gerente de comunicação do Student Travel Bureau, em São Paulo. Canadá, Inglaterra, Austrália e Estados Unidos são os destinos mais procurados nessas viagens. Em geral, duram 30 dias, e o pacote com passagem, estadia e curso fica em torno de 3 mil dólares.

High School

Consiste em cursar parte do ensino médio em outro país, freqüentando aulas regulares em uma escola pública ou privada. Os países de língua inglesa são os mais procurados – Estados Unidos em primeiro lugar. Entre as novas tendências, destacam-se África do Sul, Nova Zelândia e Irlanda. Para quem busca outros idiomas, França, Alemanha e Espanha estão em alta. Há opções semestrais e anuais. O custo anual começa em 4,8 mil dólares, só para escola e estadia. 

O melhor momento 

Algumas escolas não aceitam retorno de alunos de intercâmbio no segundo semestre do último ano do ensino médio. Por isso, muitos marcam a viagem já no final do primeiro ano. Outros fazem essa parada entre o segundo e o terceiro anos, já contando com o cursinho para corrigir defasagens. Informe-se na secretaria de ensino do seu estado sobre as exigências para validar os estudos feitos lá fora.

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A escolha da agência

Verifique a que escolas e organizações a agência é associada. Algumas entidades só certificam empresas comprovadamente idôneas. É o caso da International Association of Languages Centres (Ialc), da Association of Language Travel Organisations (Alto) e da Federation of International Youth Travel Organisations (Fiyto). “Os pais devem ir pessoalmente às agências e observar o ambiente, os funcionários e a qualidade das informações”, recomenda Tatiana Visnevski Mendes, presidente da Belta.

Documentação

Confira com a agência os documentos exigidos pelo país de destino. Não esqueça certificados de vacinação e receita médica traduzida caso seu filho precise levar algum medicamento. Passaportes e vistos devem ser solicitados com o máximo de antecedência, pois os atrasos são comuns. Um seguro médico com cobertura internacional é obrigatório. Confira as coberturas e exceções específicas para dependentes e providencie uma relação de telefones atualizados para atendimento no exterior.

Bagagem

Compre uma mala com cadeado e compartimento secreto, no qual o jovem possa conservar em segurança objetos de valor e dinheiro. Restringir a bagagem ao mínimo facilita a passagem pela alfândega, além de evitar a cobrança de excessos e permitir mais mobilidade. Se for inverno no país de destino, prefira um bom casaco a uma montanha de blusas – nos países frios, as casas contam com sistemas de calefação. Confie nas orientações da agência e certifique-se de que seu filho tenha na carteira uma cópia dos contatos e do endereço das pessoas que irão recebê-lo no destino. São dados necessários no desembarque. 

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Por que o intercâmbio é bom - para os seus filhos e para você

Segure a onda da saudade (e ajude seu filho a segurar também). Foto: Getty Images

Onde ficar

Casa de família é a opção preferida pelos brasileiros: o adolescente é “adotado” por uma família anfitriã, que se responsabiliza por acomodá-lo, alimentá-lo e acompanhar seu desempenho escolar. As famílias anfitriãs, voluntárias ou contratadas, são selecionadas pelas escolas e coordenadores dos programas escolhidos. Outra possibilidade é se instalar em uma residência estudantil ou em um alojamento da própria escola. Mais comum na Europa, essa opção é restrita aos programas ligados a escolas particulares.

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Tudo tem solução

As semanas que cercam o embarque são sempre delicadas. “Podem ocorrer desarranjos hormonais entre 30 dias antes e 60 dias após a chegada. Algumas meninas deixam de menstruar e o ganho de peso é comum”, alerta a psicóloga Andrea Sebben, de Florianópolis (SC). Outro desajuste freqüente é o de expectativas. “O adolescente espera encontrar uma família igual à dele e se frustra quando depara com valores e hábitos diferentes. Mas esse estranhamento logo é superado”, garante Thiago España, da World Study, no Rio de Janeiro. As cobranças de desempenho escolar também podem suscitar desentendimentos e, às vezes, é necessária a intervenção do coordenador local para restabelecer a sintonia. No rol dos problemas graves, a maioria das queixas está ligada a desistências de última hora por parte da família anfitriã. “Diante de dificuldades maiores, os pais podem procurar a Belta, que intermediará uma solução”, assegura Tatiana Mendes.

Para lidar com a saudade

Ela vai ser imensa, mas é melhor controlar o impulso de falar com o filho a todo momento. “Não inclua na bagagem laptop ou celular. Facilitar demais a ligação com o cotidiano da família e dos amigos dificulta a adaptação lá fora”, afirma Andrea Sebben. Essa visão é tão unânime que algumas agências limitam o número de telefonemas por contrato. “Nas primeiras semanas, uma ligação semanal é aceitável, mas o ideal é um telefonema por mês. Também pedimos para evitar o MSN. O e-mail ajuda a matar a saudade e não é tão direto”, diz Thiago España. Para os contatos telefônicos, uma solução econômica é o Skype, por meio de computadores da escola ou de cybercafés. Em relação ao conteúdo da conversa, a psicóloga Mariângela da Silva, de São Paulo, é taxativa: “Tem que se concentrar no que o filho tem feito por lá. Nada de falar dos amigos daqui e da saudade”.

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