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Por que dia 1º de abril é o dia da mentira?

O dia da mentira, que é comemorado em dezenas de países, tem origens medievais.

Por Ligia Helena
Atualizado em 16 jan 2020, 16h09 - Publicado em 1 abr 2018, 06h06
 (Disney/Reprodução)
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O dia 1º de abril é conhecido como o dia da mentira no Brasil e em diversos outros lugares do mundo. Reino Unido, Irlanda, Polônia, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia, França e muitos outros países têm essa data comemorativa em seus calendários. Cada país tem suas tradições, mas em geral sempre há uma espécie de pegadinha envolvida na brincadeira. 

Há registros da data em livros desde o século 16, o que mostra que a associação do dia 1º de abril com o dia da mentira é bastante antiga. A versão mais comum das origens desta data comemorativa tem a ver com a mudança dos calendários, no século 16 mesmo. Até 1582 imperava o calendário juliano. Nele, o fim do ano era em 25 de março, e as festas de ano novo duravam uma semana, até o dia 1º de abril.

Com o advento do calendário gregoriano – que usamos até hoje -, o primeiro dia do ano passou a ser 1º de janeiro. Muita gente, no entanto, continuou celebrando o ano novo em abril. Estes eram caçoados dos que já haviam adotado o calendário novo, e eram chamados de tolos. Em inglês, o 1º de abril é chamado de “April Fools’ Day”, ou “Dia dos Tolos de Abril”. Há um registro do escritor e filósofo John Aubrey, em 1686, chamando o primeiro de abril de “fooles holy day”, ou “dia sagrado dos tolos”.

Tradições do 1º de abril pelo mundo

Na Inglaterra, as brincadeiras do dia da mentira são bem vindas até o meio-dia. Depois dessa hora, quem faz as pegadinhas é que é tachado de bobo.

Na Irlanda, a tradição manda entregar uma carta importante, em um envelope selado, para alguém, e pedir para que ela seja entregue para outra pessoa.  A ideia é que a carta vá passando de mão em mão. Quem não resistir e abrir vai dar de cara com a mensagem “send the fool further”, ou “mande o bobo mais longe”.

Na França, Itália, Bélgica, Holanda e em algumas regiões da Suíça e do Canadá, existe uma tradição de colar um peixe de papel às costas das pessoas sem que elas percebam que foram vítimas desta brincadeira. O peixe é um personagem importante nesse dia, e pode ser citado em notícias no jornal e em cartões comemorativos.

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Em países nórdicos como Dinamarca, Suécia e Noruega, os jornais veiculam notícias falsas – mas inofensivas, nada de fake news. Em geral são notícias divertidas e surreais, e, por isso, facilmente identificáveis.

 

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