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Pianistas usam música para estimular empatia no Oriente Médio

Duo formado por um israelense e um palestino aposta na música e se apresenta em São Paulo em 19 de abril

Por Bruna Nicolielo
17 abr 2017, 16h43
 (Kimhakree/Divulgação)
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Amal, em árabe, significa “esperança”. Esse é o nome do duo de pianistas que corre o mundo em concertos pela tolerância.

Em 2008, o israelense Yaron Kohlberg foi convidado para tocar em uma comemoração pelos Acordos de Oslo, de 1993 – com eles, o governo de Israel e as lideranças palestinas se comprometiam a unir esforços pela paz entre os dois povos.

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“Por que não convidar um palestino para tocar comigo?”, pensou o músico, nascido em Jerusalém. Chamou então Bishara Haroni, de Nazaré (norte de Israel), que ele conhecera aos 16 anos, quando ambos faziam aula de piano. A ideia era produzir música de alto nível e mostrar que a arte pode transpor barreiras políticas, étnicas e ideológicas. O público acolheu.

O duo segue se apresentando sempre que as agendas permitem. Com 34 anos, ambos são solistas de grandes orquestras na Europa e nos Estados Unidos, sob a batuta de maestros como o argentino Daniel Barenboim e o indiano Zubin Mehta.

“Com base na nossa experiência, creio que os problemas podem ser resolvidos pela comunicação”, sugere Haroni. “A música é capaz de unir as pessoas, deixa para trás as diferenças que nos consomem”, afirma Kohlberg. “Eu nunca tinha tido um amigo árabe tão próximo. Aprendemos um com o outro.

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Os pianistas vêm ao Brasil pela primeira vez para um concerto na Sala São Paulo no dia 19. “Estamos animados para participar da festa”, declara Haroni sobre a abertura da temporada de apresentações internacionais da Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca). No repertório, peças de Rachmaninoff, Shostakovich e Mozart, além de canções como Jerusalém de Ouro, que ganhou versão de Roberto Carlos em 2011.

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