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Os animais domésticos também podem ter câncer

Bem como os donos, cães e gatos estão sujeitos aos tumores malignos, conhecidos como câncer. Saiba como prevenir e tratar os tipos mais comuns da doença em cães e gatos

Por Ana Bardella (colaboradora)
Atualizado em 14 jan 2020, 20h48 - Publicado em 11 fev 2015, 19h05
Thinkstock/Getty Images (/)
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Se você nunca cuidou de um bichinho com câncer, provavelmente conhece alguém que já passou por isso. “Os tumores são cada vez mais frequentes porque a expectativa de vida dos animais aumentou com o avanço da medicina veterinária. E a doença atinge principalmente os bichos mais idosos”, diz Felipe Cirielli Lemos, veterinário especializado em oncologia da clínica Pet Center Morumbi, em São Paulo. Conheça os tipos mais comuns em animais.

Sarcoma de aplicação (mais comum em gatos)

Sintomas: a doença se desenvolve após a aplicação de medicamentos injetáveis, por isso o local pode aumentar de tamanho. O sarcoma é um tipo de tumor maligno.

Prevenção: não há maneiras de prevenir, pois o problema não acontece por erros na aplicação ou na dosagem do remédio, mas sim porque alguns gatos têm o organismo mais propício a desenvolvê-lo.

Tratamento: se o tumor for grande, o recomendável é realizar um procedimento para diminuí-lo antes de ser retirado. Se for pequeno, os veterinários costumam optar diretamente pela cirurgia.

Câncer de pele

Sintomas: animais que sofrem com a doença podem apresentar desde uma leve irritação até lesões mais sérias na pele. Em geral, o primeiro sintoma é a aparição de uma ferida ou vermelhidão.

Prevenção: evite que seu bichinho fique exposto ao sol, principalmente nos horários em que os raios solares estão mais fortes. “Se a pelagem dele for clara, tenha atenção redobrada, pois as chances de desenvolver a doença são maiores”, alerta Cirielli.

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Tratamento: em geral, os animais são submetidos a uma cirurgia para a retirada do tumor. Dentro das possibilidades, existe a criocirurgia, que mata as células doentes por meio do congelamento. Dependendo do caso, também é possível complementar o tratamento com quimio ou radioterapia.

Câncer de mama

Sintomas: na maioria dos casos, as cadelas ou gatas começam a apresentar aumento nas mamas. A aparição de nódulos nessa região também é um sinal comum da doença.

Prevenção: as fêmeas devem ser castradas o quanto antes. “Quando a castração é feita até o terceiro cio, as chances de desenvolver a doença são bem menores”, explica o especialista.

Tratamento: geralmente, o tecido comprometido é retirado por meio de cirurgia.Mas hoje também é possível aliar o processo com radio ou eletroquimioterapia, um tratamento localizado. Realizado com um aparelho específico, que funciona com eletrodos, ele mata as células doentes. Esse recurso é diferente da quimioterapia, que age no corpo todo e pode ser feita por via oral ou injetável.

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Tumor venéreo transmissível (somente em cachorros)

Sintomas: aparecimento de ferida e dor nos genitais, além de incômodo para fazer xixi. O cão costuma lamber bastante a região. Nas fêmeas, atinge a parte externa da vagina e, nos machos, a glande (cabeça do pênis). Como cachorros têm o hábito de se cheirar antes do sexo, o câncer também pode aparecer no focinho.

Prevenção: a doença é transmitida através do ato sexual, por isso a castração é uma maneira eficaz de prevenção. Outra opção é impedir seu animal de acasalar com cães de rua. Nos casos de procriação planejada, investigue se o futuro parceiro não sofre da doença.

Tratamento: normalmente é feito com criocirurgia, mas pode ser complementado com radio e quimioterapia, além de um tratamento específico para aumentar a imunidade.

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Câncer de testículo

Sintomas: a doença costuma não apresentar muitos sintomas. Mas, nos estágios mais avançados, o animal pode ter aumento no volume dos testículos e ficar infértil.

Prevenção: castre seu macho. Essa é a única forma de garantir que seu animal não desenvolva esse tipo de câncer.

Tratamento: retirada do testículo por meio de uma cirurgia.

Quando é hora de dizer adeus?

A eutanásia é uma possibilidade, mas deve ser encarada como a última das alternativas. “Só sacrificamos o animal quando ele está sofrendo, com muita dor e seu estado de saúde tende a piorar. Se existe a possibilidade de reverter o quadro, os veterinários orientam que a eutanásia não seja praticada”, explica o médico. Antes de considerar a hipótese, procure tratamento em clínicas particulares ou hospitais veterinários e universidades que ofereçam os serviços gratuitamente.

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