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O que devemos fazer para ser bons pais?

Qual é o verdadeiro papel dos pais na educação dos filhos? Especialista reflete sobre as angústias e inseguranças que pais e mães sentem ao criar os pequenos.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 06h04 - Publicado em 20 out 2014, 22h00
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 “Eu e meu marido estamos angustiados: queremos saber qual é nosso papel na educação dos filhos.” (Pergunta enviada por leitora)

De modo bem resumido, podemos dizer que a essência do trabalho dos pais consiste em conhecer as necessidades da criança e provê-las. Sempre com uma visão de longo prazo, o objetivo maior é fazer com que o filho torne-se capaz de governar a própria vida e participar da sociedade de forma independente. No livro Parents in Charge (ainda sem tradução para o português), a psicóloga americana Dana Chidekel apresenta um material interessante para reflexão sobre as reais necessidades dos pequenos. Conhecê-las ajuda a tornar nossa missão mais clara. Toda criança precisa de alimento, água, abrigo, cuidado médico, descanso, sono e proteção. A segurança é outro tópico fundamental e, para garanti-la, os pais devem entender um pouco sobre desenvolvimento infantil para antecipar os perigos.

É importante saber dosar o grau de proteção necessário de acordo com a idade. Uma criança de 2 anos depende de ajuda para subir no escorregador. Para uma de 4 anos, um aceno de longe pode ser o bastante. Mas mesmo distante os cuidados continuam. Não deixe de checar as referências sobre a babá e informe as medidas de segurança a ela. Quando seu filho estiver mais crescido, é hora de ensinar a avaliar o perigo das situações, sem alarmá-lo, saber quando e como falar com estranhos, como atravessar a rua e o que fazer se estiver perdido ou em apuros. É papel dos pais criar oportunidades para que o filho conviva com outras crianças e prepará-lo para lidar com as pessoas. Deve-se ensinar boas maneiras e regras apropriadas de interação. É preciso explicar com detalhes como você espera que ele se comporte e o que deve ser dito em determinadas circunstâncias. A partir daí, inicie o trabalho incessante de lembrar e cobrar o que foi aprendido. A criança tem que aprender a controlar as emoções em público, saber perder e ganhar um jogo, lidar com o ciúme se alguém possui algo que ela queria ou quando ela consegue algo que o outro deseja e procura dominar e a canalizar as expressões de raiva nas situações frustrantes. Os pais devem proporcionar oportunidades para que a criança desenvolva suas habilidades intelectuais. Prover materiais, brinquedos e atividades apropriadas para a idade e encorajar uma atitude positiva com relação à aprendizagem e à curiosidade.

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Seu filho precisa saber que você o ama e que seu amor por ele é eterno – mesmo que, em alguns momentos, você desaprove o comportamento dele. Esse amor incondicional é imprescindível para o desenvolvimento e deve ser demonstrado de forma explícita. Ou seja, é importante comunicar o seu amor pela criança de modo que ela possa entender, expressar seu afeto de forma direta com carinho, palavras e atenção. Saiba que não se mima a criança com muito amor. Também é seu papel ajudá-la a compreender as emoções que sente, sejam elas positivas ou negativas, e ensiná-las as diversas maneiras de expressar os sentimentos.

Fonte: Adriana Tavares, psicopedagoga com especialização em psicopedagogia pelo Centro de Estudos Psicopedagógicos do Rio de Janeiro (CEPERJ) e em atendimento e orientação a família pelo Sedes Sapientae.

 

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