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“O amor como completude é delírio”, diz Maria Homem

No evento CLAUDIA Coaching, a psicanalista falou sobres as novas possibilidades para o amor

Por Da Redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 19h01 - Publicado em 16 Maio 2017, 18h17
 (Mariana Pekin/CLAUDIA)
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O que é essencial na sua vida? Com essa pergunta como norte, CLAUDIA promoveu, na manhã desta terça-feira (16), um ciclo de palestras e conversas inspiradoras. O CLAUDIA Coaching discutiu o que é indispensável para a mulher de hoje sob a ótica da artista plástica Nina Pandolfo, da psicanalista Maria Homem e da fotógrafa Marina Klink. A apresentadora Didi Wagner abriu o evento e participou do debate, que aconteceu no Museu Brasileiro de Escultura (Mube) e foi transmitido ao vivo pelo Facebook de CLAUDIA.

No bate-papo Novas Possibilidades Para o Amor, a psicanalista Maria Homem convidou a plateia a refletir sobre esse sentimento tão buscado e, ao mesmo tempo, tão complexo.

“Quando fala-se da amor, pensa-se em uma completude com o outro. E para ser sincera, isso é um delírio”, disse. Segundo ela, para a mulher, essa completude estaria associada à obrigação da mulher de se tonar mãe. “Simone de Beauvoir já disse que ser mulher é uma constituição objetiva, social e histórica. Esse é nosso desafio hoje: criar outras possibilidades de representação do feminino”, afirmou.

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Uma dessas possibilidades é criar alianças femininas que não envolvam rivalidade. “A lógica patriarcal coloca as mulheres como um série de mercadorias desfrutáveis ao olhar masculino. Diante disso, a sociedade estimula a rivalidade feminina. Quem vai ser a escolhida? Quem vai caber no sapatinho da Cinderela?”, provocou Homem.

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Homem afirma que as transformações históricas são lentas, mas observamos hoje temos mais possibilidade de pactos, de uniões, e de liberdade criativa. “Os novos pactos amorosos são os que a gente quiser. A gente pode ser livre para instaurar uma nova maneira de viver“, disse.

Em uma analogia, sugeriu o exemplo da sociedade parisiense. O grande escândalo na capital francesa nos anos de 1960 era o casamento da cineasta Maya Deren com um homem muito mais jovem. Hoje, no mesmo país, o presidente eleito Emmanuel Macron tem uma esposa 25 anos anos mais velha do que ele.

A psicanalista terminou sua exposição dizendo que não há amor mágico.”Mas amor talvez haja. O fio da navalha do amor é saber identificar um encontro e não deixar isso se perder”, continuou. “O filósofo francês Alain Badiou disse que você aprende a ser cidadão quando você suporta o outro, quando conhece o outro e tem um olhar de benevolência em relação à alteridade. Isso é amor e isso é política.

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Assista à palestra completa de Maria Homem no CLAUDIA Coaching:

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