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Natação para bebês: os ganhos com o esporte

Mergulhos, brincadeiras e braçadas na piscina antes do primeiro ano de vida trazem ganhos significativos no desenvolvimento cognitivo, intelectual e físico dos bebês

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 21h27 - Publicado em 20 jan 2013, 22h00
Reportagem: Vanessa de Sá / Edição: MdeMulher
Reportagem: Vanessa de Sá / Edição: MdeMulher (/)
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Antes de matricular o bebê na aula de natação, visite várias escolas para checar se têm boas condições de higiene
Foto: Getty Images

Visite qualquer escola de natação para bebês e o que você verá é um grupo de pais brincando e cantando alegremente ao lado de uma dezena de pequenos sorrindo felizes e interagindo com a água com uma desenvoltura que impressiona. Braçadas, pernadas, mergulhos e brincadeiras na piscina ganham um sentido muito mais profundo do que apenas divertir: são as bases para construir aptidões dentro e fora da água.

Especialistas concordam: a natação é a primeira atividade física que os bebês podem fazer. “Eles conseguem participar das aulas antes mesmo de aprender a andar”, relata o pesquisador australiano Robyn Jorgensen. Há, inclusive, consenso entre pediatras e professores de Educação Física sobre os benefícios. “A exposição à água, que massageia a pele do bebê, e o contato com a pele da mãe ou do pai, transmitindo conforto e segurança, remetem o pequeno à vida intrauterina, propiciando prazer e bem-estar”, explica José Fontanelli, professor de Educação Física e criador do método Affective Baby Swimming, pelo qual já passaram mais de 10 mil crianças pequenas.

Antes de matricular seu filho na aula de natação, tire suas dúvidas…

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Quais cuidados tomar antes de matricular o filho?

Visite várias escolas para checar se têm boas condições de higiene, se não há correntes de vento onde a piscina foi instalada e se o vestiário oferece estrutura para receber bebês (por exemplo, se dispõe de trocadores). Prefira piscina com água salinizada ou ionizada, pois reduz as chances de alergias. Quando a água é tratada com ozônio, o bebê pode inclusive mergulhar de olhos abertos, pois não sentirá os olhos arderem. “O cloro é um potente agressor das mucosas”, afirma a dra. Renata Waksman, pediatra do Hospital Albert Einstein. A temperatura da água deve girar entre 28 ºC e 32 ºC e o pH, entre 7,2 e 7,8 (básico). Verifique também se os professores são habilitados para dar aulas a crianças.

Precisa usar tampão no ouvido?

Não há necessidade. O ouvido está protegido pelo tímpano, membrana fina e semitransparente que separa a porção mais externa da parte mais interna. “O que devemos ter é uma atenção ao tratamento da água da piscina, para que o bebê não pegue nenhuma doença transmitida por bactéria. O princípio é o mesmo usado ao levar a criança para a praia: não se deve entrar na água se as condições para o banho estiverem impróprias”, explica Sandra Madormo. Depois de sair da piscina, seque o ouvido do seu filho com uma toalha para evitar o aparecimento de fungos.

E se o bebê apresenta sinais de alergia e/ou otite?

“Deve evitar as aulas durante uma infecção respiratória ou uma otite”, assegura o dr. Abelardo Bastos, do Comitê de Saúde Escolar da SBP do Estado do Rio de Janeiro. A orientação também é suspender os treinos se o pequeno está fazendo uso de antibióticos ou se teve de colocar dreno no ouvido. “Quanto às alergias, são raras as ocasiões em que a criança é impedida de praticar natação por causa disso”, diz o professor Fontanelli. Mas o cloro, ainda um meio de tratamento de água bastante popular, pode desencadear rinite e otite em alguns casos. Por isso, escolha escolas onde as piscinas sejam tratadas com sal ou ozônio.

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Como os pais devem retirar o bebê da água?

Envolva-o num roupão ou toalha. Seu mecanismo termorregulatório não está plenamente desenvolvido, então ele perde calor para o ambiente facilmente.

Em que casos evitar a natação?

“Há controvérsias entre os pediatras”, diz o dr. Abelardo. Ele explica que, antes de colocar o bebê nas aulas, deve-se considerar uma série de aspectos. Entre eles, se o tratamento da água é feito por meio de cloro, o que poderia aumentar as chances de alergia, e o clima e a reprodução artificial dele, caso das piscinas térmicas. Bebês que não estão em dia com o calendário de vacinas não devem entrar na piscina. De acordo com o médico Renato Procianoy, presidente do Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, prematuros merecem especial atenção, já que as defesas ainda não estão maduras. “O ideal é evitar natação, ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.”

Qual a duração ideal de cada aula?

Bebês se cansam facilmente, portanto, entre 20 e 30 minutos é o ideal. Mas, segundo o professor Poli, é importante perceber sinais de fadiga e frio. Quando eles alcançam 1 ano, 1 ano e meio, cada aula costuma ter até 45 minutos.

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Quando os pequenos podem ficar na piscina sem o suporte dos pais?

Varia. Algumas escolas permitem ficar na piscina sozinho com o professor a partir de 2 anos, enquanto outras, a partir dos 3. “Lembrando que sempre deverá ser monitorada”, recomenda Gustavo Borges. A dra. Renata alerta que, dentro da água, a criança nunca deve estar mais afastada dos pais do que a distância de um braço.

 

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