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Mobilidade urbana: o que fazer para escapar do trânsito caótico

Reclamar do trânsito caótico das grandes cidades já virou lugar-comum. Além de cobrar ações dos governantes, está em nossas mãos dar um empurrãozinho nessa lentidão e encontrar uma saída para melhorar a mobilidade urbana

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 22h56 - Publicado em 4 jun 2013, 21h00
Reportagem: Mariana Viktor / Edição: MdeMulher (/)
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Alguns municípios já possuem trechos de integração entre o transporte cicloviário e o coletivo
Foto: Getty Images

Todo dia, uma população igual à do Uruguai se desloca da zona leste de São Paulo rumo ao centro da cidade – e olha que estamos falando apenas de uma região! Ao todo, são nada menos que 20 milhões de pessoas circulando no maior município do Brasil. Por isso, demorar uma hora e meia para chegar a casa ou ao trabalho, num percurso que levaria 20 minutos, não espanta mais ninguém. Mas cansa! A média é de três horas diárias perdidas no trânsito, 60 por mês, 720 por ano – o que equivale a um mês inteiro dentro do carro ou do ônibus! E esse problema não é só de São Paulo – Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília seguem o mesmo caminho.

QUANTA DIFERENÇA!

Nos países desenvolvidos, as pessoas utilizam o transporte público porque ele é confortável, pontual e seguro. “Já o Brasil ainda privilegia investimentos no transporte individual, em detrimento do coletivo, que leva mais gente num espaço menor e com menos impacto ambiental”, diz a arquiteta e urbanista Laisa Stroher, mestranda em planejamento urbano (SP). Superpopulosas, as maiores cidades europeias e americanas já estariam paradas se não priorizassem soluções de mobilidade. “Paris, Londres e Nova York – cada uma tem mais de 400 quilômetros de linhas de metrô, enquanto São Paulo, que precisaria de 600, soma 76”, conta Maurício Broinizi, coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo e da secretaria executiva da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Como se não bastasse, essas metrópoles adotaram outras estratégias: Londres criou o pedágio urbano, que começou no centro expandido e hoje abarca outras áreas (o dinheiro arrecadado vai para melhorias no transporte público); em Nova York, foram construídos 450 quilômetros de ciclovias e 50 de corredores de ônibus só nos últimos cinco anos. São bons exemplos a serem seguidos!

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O QUE ESTÁ SENDO FEITO?

A situação caótica do trânsito no Brasil pode começar a mudar. Em janeiro de 2012, foi implantada a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587), que obriga cidades com mais de 20 mil habitantes a fazer um plano de mobilidade até janeiro de 2015. “A Lei estabelece uma hierarquia, sendo a prioridade número 1 o pedestre e a última, o carro”, esclarece Maurício. “Os municípios que não elaborarem esse projeto dentro do prazo determinado perderão recursos federais para a área de mobilidade. “Outra medida que pode ajudar o trânsito: algumas cidades já criaram um plano de mudanças climáticas, no qual estabeleceram metas de redução de emissões de gases poluentes entre 20 e 30% (grande parte é o monóxido de carbono que sai dos carros). São Paulo fixou a meta de 30% articulando várias ações: aumento do percentual de biodiesel nos ônibus, rodízio de automóveis… “Dessa forma, reduzimos a poluição e aliviamos o trânsito”, afirma Maurício.

CAMINHO PERFEITO

Depois de visitar 12 municípios mundo afora com o seu projeto Cidades para Pessoas, que visa discutir soluções para a mobilidade nos grandes centros, a jornalista e especialista em planejamento urbano Natália Garcia (SP) concluiu que um bom lugar para se viver tem transporte coletivo confortável, seguro e ágil. Também oferece terminais de metrô e ônibus interligados com ciclovias e bicicletários. “E já que não é possível construir de imediato ciclovias que interliguem a cidade, podemos seguir o exemplo de Londres, onde houve um trabalho de educação para que ônibus e ciclistas compartilhem a mesma faixa de maneira segura”, afirma. Enquanto isso não acontece nos municípios brasileiros, nada de ficar de braços cruzados. Veja o que podemos fazer já!

Participar de movimentos

Várias cidades estão revisando o Plano Diretor e elaborando novos projetos de mobilidade.”É importante que a população participe das discussões, que se aproprie do conteúdo desses programas e que cobre a sua efetiva aplicação”, diz Laisa Stroher.

Incentivar o uso da bicicleta

Alguns municípios já possuem trechos de integração entre o transporte cicloviário e o coletivo, o que permite fazer parte do percurso de bike e parte de ônibus ou metrô. Também vale participar de movimentos como o Bicicletada, que mostra os benefícios de usar a magrela. Se você quer começar a pedalar, contate a Bike Anjo – os voluntários orientam ciclistas sobre a forma mais segura de se deslocar, entre outras dicas.

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Colocar o pé na estrada

De acordo com Natália Garcia, o percurso médio diário da população que vive em grandes cidades varia de 4 a 8 quilômetros. Se você trabalha perto de casa, por que não fazer o trajeto caminhando? Além de economizar, dá para manter a forma e ganhar saúde.

Organizar a Carona solidária

Proponha um esquema de rodízio aos seus colegas de trabalho que moram perto de você – cada semana é um que vai de carro.

Adotar o home office

Se você pode trabalhar em casa, ótimo! Caso contrário, converse com os seus colegas e proponha ao chefe o sistema de home office, nem que seja duas vezes por semana. Com tanta tecnologia disponível, vocês podem se comunicar por tele ou videoconferência, e-mail…
 

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