Meu filho mais velho mudará de escola. Devo trocar o mais novo?

Para a psicopedagoga Edimara Lima, pais devem ficar atentos à personalidade dos filhos antes de tomar decisões

Por Isabella Marinelli SEGUIR SEGUINDO
23 nov 2016, 17h23

Quando o assunto é a educação dos filhos, muitas dúvidas começam a aparecer ao fim do ano letivo. Para ajudar pais, avós e responsáveis, convidamos especialistas no tema, que sanarão as principais preocupações desta fase.

Vamos ao questionamento? Quem responde é psicopedagoga Edimara Lima, vice-presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia e diretora pedagógica da escola Prima, de São Paulo.

Meu filho mais velho mudará de escola no próximo ano, já que o colégio atual não oferece as séries futuras. Devo trocar o mais novo também? Irmãos devem estudar juntos?

“Para começar, devemos avaliar como será a dinâmica do dia a dia desta família. Uma pessoa que mora em São Paulo, por exemplo, terá de lidar com trânsito e distâncias maiores. Devemos perguntar: ‘é possível ter dois filhos em duas escolas diferentes?’, ‘Cabe na rotina desta mãe e deste pai?’. Se a resposta for não, talvez seja melhor que os dois estudem no mesmo local.

Continua após a publicidade

Em segundo lugar, transferências sempre têm custo, tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista pedagógico. Se este custo será menor ou maior, dependerá de como ela será tratada. Como anda a adaptação do pequeno na instituição atual?

Outro ponto importante é a análise da personalidade dessas crianças. Por exemplo: pensando em um filho mais velho, que deseja prestar vestibular para medicina e um mais novo, que tem um lado mais artístico aflorado. Será que vale a pena inserir esta criança, dona de outras pretensões, em um colégio conteudista, daqueles que prioriza as provas das universidades? Vale repensar.

Analise a personalidade dos filhos antes de tomar decisões: ninguém conhece melhor seus pequenos do que você.”