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Meninas Ocupam: ação mostra às garotas que elas também podem ser líderes

Instituído em 2012, o Dia Internacional da Menina tem como objetivo incentivar o empoderamento feminino desde a infância.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 08h44 - Publicado em 11 out 2019, 14h02
Beautiful young Ethiopian girl in traditional clothing, showing strength (SDI Productions/Getty Images)
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Desde 2012, 11 de outubro é conhecido como o Dia Internacional da Menina. A data foi instaurada pela ONU após o trabalho de organizações não-governamentais, como a Plan International Brasil, de mostrar que o empoderamento feminino precisa começar na infância para que a desigualdade de gênero diminua.

Em um levantamento chamado “Por ser menina no Brasil: Crescendo entre Direitos e Violências”, feito pela Plan em 2014, conclusões alarmantes mostram como os direitos das mulheres começam a ser restringidos desde cedo e, consequentemente, seu desenvolvimento social é prejudicado.

Das 1.771 meninas entre 6 e 14 anos que foram ouvidas, 76,8% lavam louça enquanto apenas 12,5 % dos seus irmãos fazem o mesmo. Além disso, 65,6% das garotas já limpam a casa desde a infância, e apenas 11,4% dos seus irmãos são incluídos na tarefa doméstica.

O estudo ainda permitiu concluir que 13,7% das entrevistadas já trabalharam ou ainda trabalham. E uma em cada cinco conhecem alguma menina que já sofreu algum tipo violência.

Para tentar reverter esse cenário problemático que as envolve tão cedo, o movimento deste ano da Plan International Brasil é o “Meninas Ocupam”. Trata-se de uma rede de ações que permite às garotas conhecerem empresas que incentivam a conquista de cargos importantes por mulheres.

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“Nas ocupações em empresas, as meninas recebem informações sobre a empresa, cargo da pessoa e começam a pesquisar o que essa empresa faz, e de que maneira ela poderia apoiar o movimento de meninas. Por exemplo: como a empresa representa as meninas em sua publicidade? Verificam se existem vagas de estágio para as jovens mulheres, e etc”, explica Viviana Santiago, gerente de gênero e incidência política da Plan.

Viviana também enfatiza que o processo inverso acontece: há o trabalho direto com a empresa para que ela entenda a importância de ter políticas inclusivas, especialmente que se preocupam em mostrar para as meninas que os melhores cargos podem ser delas. Por isso, no dia 11 de outubro, o contato entre as garotas e as empresas é direto.

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“Neste dia a menina é apresentada à pessoa adulta, conhece o trabalho dela e um pouco de sua história, dialoga sobre os desafios para que mais meninas e mulheres possam acessar esse lugar e acompanha uma agenda de atividades sugerida pela pessoa – o que pode incluir reuniões, apresentações, visitas a lojas e etc”. 

Entre os diferentes resultados que o projeto tem, Viviana pontua o momento em que as meninas se deparam com mulheres que já comandam grandes cargos e trazem a garantia de que podem ser elas no futuro.

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“Essa é a parte mais inspiradora, quando aquele grande cargo já é ocupado por uma mulher, que pode explicar e inspirar as meninas em sua história de superação. Ao mesmo tempo, ela pode ser sensibilizada e engajar-se para que mais meninas e mulheres cheguem a espaços como o que ela ocupa”.

Só que é importante ter em mente que tais ações não devem acontecer apenas no Dia Internacional da Menina. O objetivo é que elas marquem presença o ano inteiro, pois o machismo nunca deixa de tentar diminuir o empoderamento feminino desde a infância.

Pensando nisso, a Plan montou a “Escola de Liderança para Meninas”. O projeto consiste em oferecer um curso de 80 horas, com encontros semanais guiados por educadoras e que podem permitir a primeira ida dessas meninas à Assembleias Legislativas, sedes do Ministério Público e prefeituras. Até o momento, essa ação acontece em três estados: São Paulo, Maranhão, e Piauí.

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