Assine CLAUDIA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Licença maternidade estendida? Isso já é possível em algumas empresas de tecnologia

Com ambientes predominantemente masculinos, empresas de tecnologia vêm dando grandes passos quando o assunto é maternidade

Por Isabella Marinelli
Atualizado em 31 out 2016, 11h31 - Publicado em 12 ago 2015, 16h18

A Adobe é a mais nova gigante da tecnologia a anunciar aumento das licenças para maternidade e paternidade nos últimos dias. A companhia passa a oferecer 10 semanas de licença paga para o parto. Eles ainda concedem 16 semanas para os pais ou cuidadores primários. Mães que dão à luz podem combinar esses benefícios e obter até 26 semanas de afastamento remunerado – são mais de seis meses! As medidas passam a valer a partir de 1º de novembro, mesmo dia em que entram em vigência normas semelhantes na Microsoft.

Leia também: Licença maternidade: como aproveitá-la da melhor forma

A surpresa vem da virada de chave nas organizações high-tech do Vale do Silício (conhecida por reunir as mais mais do mundo tecnológico), que levam a fama de serem territórios ultramasculinos. Até pouco tempo, os principais atrativos eram comida de graça e mesas de pingue-pongue para pausas durante o expediente. Ao que parece, reter talentos femininos tornou-se prioridade.  

Recentemente, o Netflix adotou uma política de licenças ilimitadas de maternidade e paternidade para seus funcionários, sem qualquer redução salarial, durante todo o primeiro ano do bebê. A iniciativa também vale em casos de adoção, além de permitir que o assalariado trabalhe em tempo parcial nesse período caso precise de flexibilidade para cuidar da sua família. “As pessoas rendem melhor quando não precisam se preocupar com o que acontece em casa” afirmou Tawni Cranz, chefe de recrutamento da empresa.

Leia também: Como não sofrer na volta ao trabalho depois da licença maternidade

Indo pelo mesmo caminho, o Google ampliou as licenças concedidas a quem teve bebê. São 18 semanas para as mulheres e até 12 semanas para os homens. Os novos pais ainda contam com uma ajuda de custo de 500 dólares. Achou bom? No Instagram, esse extra para as despesas dos pequenos chega a 4 mil dólares, sem mencionar o auxílio-creche e a possibilidade de home-office. O prazo para voltar à ativa é de quatro meses, o mesmo tempo oferecido pelo Facebook.

Continua após a publicidade

As ações se destacam por garantirem muito além do que pregam as leis. Lá nos Estados Unidos, as empresas com mais de 50 funcionários são obrigadas a concederem apenas 3 meses de afastamento por maternidade e a remuneração no período não é obrigatória. 

Leia também: Dicas para superar a volta da licença-maternidade sem dramas

Mas nem tudo são flores para as mulheres. Apesar de boas iniciativas vindas de instituições de um ramo considerado machista, é evidente que há muito o que se conquistar nas questões de gênero.

Em um levantamento realizado nas empresas de tecnologia pelo Glassdoor, site de empregos norte-americanos, um homem pode ganhar até 6 mil dólares a mais que uma mulher com o mesmo tempo de experiência na profissão. Inclusive, em algumas das instituições cheias de benefícios para os pais, como Google e Microsoft. No primeiro, a diferença salarial em um ano pode chegar a 25 mil dólares para profissionais do mesmo cargo. Já na Apple, apenas 30% dos funcionários são do sexo feminino, segundo o relatório Diversity

Enquanto isso, no Brasil…

Em terras tupiniquins, a licença maternidade é um benefício previdenciário, que garante à mulher um afastamento de 120 dias com remuneração. 

Continua após a publicidade

Além disso, a estabilidade é assegurada à gestante: ela não pode ser dispensada arbitrariamente ou sem justa causa a partir do momento da confirmação da gravidez e até 5 meses após o parto. De volta ao trabalho, a mamãe ainda pode ter pausas de meia hora destinadas à amamentação do bebê.

Já para os homens, a licença paternidade é de cinco dias, mas algumas cidades vêm tentando ampliar esse período.  Niterói, no Rio de Janeiro, por exemplo, aprovou  30 dias de afastamento para pais que acabaram de ter filhos; entretanto a regra aprovada no ano passado só vale para funcionários públicos. Florianópolis, Porto Alegre, Manaus e Cuiabá também têm um período mais longo de licença paternidade para funcionários públicos, que varia entre 10 e 15 dias.

Divulgação
Divulgação ()

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de R$ 12,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.