Liam Cunningham, de GOT, visita o maior campo de refugiados do mundo
Assim como seu personagem, o bondoso Sir Davos Seaworth, o ator também demonstrou seu lado generoso ao visitar o maior campo de refugiados do mundo.

Quem acompanha a série Game of Thrones já deve ter reparado em Sir Davos Seaworth, o velho escudeiro de coração bondoso, generoso e de barbas grisalhas da família Baratheon. A bondade e a generosidade do Lorde não estão restritas a Westeros. Afinal, a vontade de ajudar o próximo de Sir Davos também é um traço da personalidade de Liam Cunningham, 56 anos, ator irlandês que interpreta o guerreiro na produção da HBO.
Em maio deste ano, Cunningham visitou a África, continente em que morou durante a juventude, na década de 1980, para conhecer de perto a realidade da população de refugiados da região.
Até então, o ator acompanhava o tema de longe, uma vez que faz parte da ONG Visão Mundial, projeto que atua em comunidades empobrecidas e em situação de vulnerabilidade com ações nas áreas de educação, saúde, proteção da infância, desenvolvimento econômico e promoção da cidadania.
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O local escolhido foi Bidi Bidi, o maior campo de refugiados do mundo, localizado ao norte de Uganda, que abriga mais de 270 mil pessoas que fugiram dos conflitos internos do Sudão do Sul. “Há um ano, o acampamento nem existia. No mês passado, estava cheio. Novos campos tiveram que ser urgentemente instalados”, relatou o astro em artigo sobre a viagem.
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Atualmente, Uganda abriga aproximadamente 1,25 milhões de refugiados dentro de sua fronteira e é um grande centro de acolhimento para quem foge de guerras, da pobreza extrema, da repressão religiosa e política de seus respectivos países na África – cenários bem parecidos com o que o personagem de Cunningham vivenciou antes de servir à família Baratheon e após a morte de seu líder, Stannis. “Eu vi fugitivos de guerra cansados e famintos chegarem o país. São imagens que não vou esquecer”, disse.
E o fluxo de entrada de pessoas ao país é bem intenso. Segundo o The Guardian, só entre janeiro e abril deste ano, 230 mil refugiados chegaram à nação vindas do Sudão do Sul – 60% deles eram crianças – com a esperança de reconstruírem suas vidas em território ugandense, onde lhes são fornecidos lotes de terra construção de casas e cultivo de alimentos.
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Além da possibilidade de construírem moradias, os refugiados também podem viajar livremente, trabalhar, começar seus próprios negócios e ter acesso a serviços básicos, como saúde e educação. “Compreensivelmente, Uganda está sob a pressão de acomodar tantas pessoas. Mas eles continuam a mostrar preocupação com seus companheiros africanos”, contou o ator.
Diante do cenário visto em sua visita, Cunningham fez um apelo para que os líderes mundiais para que eles debrucem suas atenções à questão dos refugiados. “Exorto a comunidade internacional a avançar rapidamente para compartilhar a responsabilidade por esta crise. Aqueles que dizem que isto não é nosso problema, eles são o problema.“
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