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Filhos de pais diferentes: como agir quando a realidade financeira não é a mesma

Todo criança deve viver segundo a realidade financeira da família que detém a guarda, defende especialista. Saiba como equilibrar a realidade financeira de irmãos de pais diferentes.

Por Suzana Lakatos (colaboradora)
Atualizado em 22 out 2016, 14h44 - Publicado em 13 mar 2014, 22h00
Reportagem: Suzana Lakatos e Rita Trevisan / Edição: MdeMulher
Reportagem: Suzana Lakatos e Rita Trevisan / Edição: MdeMulher (/)
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Foto: Getty Images

“O pai do meu filho mais velho quer que ele estude em uma escola de elite e tenha plano de saúde vip, mas não posso dar o mesmo para o caçula. Essa disparidade não é ruim?” (pergunta enviada por leitora)

Não dá para afirmar que a diferença de tratamento, oportunidades e status entre seus dois filhos necessariamente trará desarmonia, mas a situação é delicada. Ao perceber os privilégios do irmão, há risco de o caçula se sentir inferiorizado e desenvolver problemas de autoestima. Já o mais velho tanto pode se colocar em posição de superioridade quanto ficar constrangido com as próprias regalias e, para preservar o menor, começar a desprezar suas vantagens – indo mal na escola de elite que frequenta, por exemplo. Se um clima de ressentimento se instalar, as dificuldades tendem a piorar na adolescência, quando os conflitos se acentuam, turbinados pelos desafios da vida adulta que se aproxima.

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O maior erro é querer compensar o mais novo com um tratamento diferenciado. Demonstrar maior carinho e interesse por ele teria efeitos piores do que a falta de acesso a brinquedos caros. Procure maneiras de equilibrar a situação. Um bom começo é conversar com seu ex-marido. Exponha seus receios e mostre como essa diferença pode prejudicar os meninos. O objetivo é negociar um meio-termo que atenda minimamente às expectativas de ambos. É importante que as duas crianças vivam de acordo com a realidade financeira da família que detém a guarda, indepen¬dentemente da situação privilegiada de um dos pais.

Caso seu ex-marido faça questão do colégio conceituado e de um bom convênio médico para o filho, peça a ele que delegue a você a administração dos demais gastos. Assim, dá para estabelecer um padrão mais uniforme para as despesas dos meninos, lembrando que as necessidades variam com a idade e também com o meio – não dá para ignorar, por exemplo, que o mais velho talvez se sinta pressionado pela turma da escola a ter um iPad ou a mochila da moda. Ainda mais se o pai resolver bancar todos esses desejos. Cabe a você podar excessos, como trocar de modelo de celular a toda hora.

Equilibrar a mesada de ambos é outra medida que ajuda a criar um denominador comum. O fato de não contar com quantias ilimitadas nas mãos ensina a não gastar por impulso, poupar para conseguir o que deseja e valorizar as pessoas pelas atitudes, não pelo que têm. São valores que contribuem para criar um contexto familiar mais ajustado e menos vulnerável às pressões por status. Mostre também que as diferenças na vida deles (que, não se iluda, continuarão a existir) são resultado de circunstâncias, e não uma escolha sua. Por isso, as comparações não são bem-vindas, embora eles tenham em comum uma mãe que os ama igualmente.

Fonte: Ana Gabriela Andriani, psicoterapeuta de família e casais, doutora em psicologia pela Universidade Estadual de Campinas.
 

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