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Filho na balada: qual é o limite da “pegação” na matinê?

Beijar muitos na mesma noite é comum entre os adolescentes. Descubra aqui se esse comportamento pode ser prejudicial.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 01h22 - Publicado em 24 set 2014, 21h00

Antes de deixar seu filho ir a um local que abre suas portas para menores de idade, converse com outras mães e investigue se o lugar é seguro.
Foto: Getty Images

A “pegação” nas matinês adolescentes anda fervendo! Beijar cinco, 10, 15 pessoas diferentes na mesma noite é a coisa mais normal do mundo entre a garotada com menos de 17 anos. Ficou com o cabelo em pé só de pensar em sua princesinha no maior amasso com tantos garotos diferentes na mesma festa? Sente arrepios ao imaginar seu pequerrucho, até outro dia um bebê, se agarrando com um monte de menina? Calma, esse comportamento não é visto pelos especialistas como algo necessariamente prejudicial. O importante é respeitar os limites do outro e de si mesmo. Entenda melhor a seguir.

Por que beijar tantos?

Você já parou para contar quantos bonés seu filho tem ou quantas “curtidas” ele ganha cada vez que publica algo na internet? Um montão, né? Segundo Carlos Eduardo Carvalho Freire, professor do curso de psicologia da PUC-SP, nos dias de hoje estamos ansiosos para acumular o máximo possível de coisas: de objetos a prestígio nas redes sociais. “Assim como os adolescentes querem ter muitos amigos no Facebook, eles criam a expectativa de que podem se sentir mais realizados conseguindo um número grande de ficantes numa noite”, compara.

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E isso não é necessariamente um problema, é só uma característica dessa geração. Mas, em alguns casos, a beijação pode trazer uma sensação de vazio ou de frustração. Lá no fundo, o que alguns querem mesmo é encontrar alguém especial para namorar. Observe o comportamento do seu filho e mostre-se disponível para conversas. Se ele sentir vontade e necessidade, vai se abrir e dividir as angústias. “O jeito é tentar manter uma relação transparente, de confiança, entendendo que nem sempre é possível ter acesso a tudo o que gostaríamos sobre a vida de nossos filhos.”

Os amigos influenciam – e muito!

Todos os pais desejam que seus filhos levem em conta apenas o que aprenderam em casa na hora de tomar decisões. Isso é impossível. Na adolescência, a opinião dos amigos vale ouro, assim como a sensação de pertencer a um grupo. Muitos jovens imitam comportamentos, como o de beijar vários na mesma festa, para ficar bem com a turma.

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“Existe o medo de ser rejeitado ao agir de forma diferente. Mas isso não quer dizer que o adolescente continuará tendo as mesmas atitudes no futuro”, explica Tânia Zagury, autora, entre outros, do livro Filhos: Manual de Instruções (Record, R$ 30,40). “Ele vai atravessar essa fase, amadurecer e passar a encarar os relacionamentos de outra forma, com mais profundidade.”

Tem que respeitar os limites do outro

Algo precisa ficar claro: ninguém jamais pode ser forçado a beijar nem afazer nada contra a própria vontade. Infelizmente, às vezes lemos notícias de garotas agredidas na balada por resistirem às investidas de alguém. “Muitos pais educam seus filhos para que todas as suas vontades sejam satisfeitas. A criança cresce acreditando que tudo aquilo que ela quer deve ser realizado. Quando uma menina nega um beijo, a recusa é desconsiderada, e o jovem usa a força para conseguir o que deseja”, explica a psicanalista Elizandra Souza. “Temos que mostrar aos nossos filhos, desde cedo, a importância de respeitar a si mesmo e de respeitar o outro”, finaliza a especialista.

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