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Ficar off-line de vez em quando faz bem para a sua saúde

Se você vive ligada na internet e nas redes sociais, está na hora de rever os seus hábitos. Afinal, a tecnologia nos ajuda (e muito), mas também pode causar problemas quando usada em excesso. Veja por que é bom apertar o off de vez em quando.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 10h33 - Publicado em 25 dez 2013, 21h00
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Não exagere na dose de internet e fique longe do tecnoestresse.
Foto: Getty Images

No Brasil, um estudo conduzido pela Isma-BR (International Stress Management Association) comprovou que as pessoas desenvolvem estresse tecnológico – o tecnoestresse, entre outros fatores, quando não conseguem usar a tecnologia de maneira equilibrada e, principalmente, se ela falha — o sinal do celular desaparece ou a internet fica fora do ar. Dentre os avaliados, o estresse tecnológico se manifestou com os seguintes sintomas: 86% dos pesquisados sentiram dores musculares e de cabeça, 3% sofreram de ansiedade, 81% de angústia, 67% tiveram dificuldade de concentração, 63% se queixaram de cansaço crônico, 41% ficaram mais agressivos, 27% passaram a comer mais e 35% apresentaram distúrbios do sono. “Dormir pouco acelera o envelhecimento, baixa a imunidade e favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares”, comenta a psicóloga Priscila Gasparini Fernandes, de São Paulo. A especialista ainda ressalta que essa necessidade de estar online o tempo todo pode fazer o ponteiro da balança subir: “O hormônio do estresse, o cortisol, está relacionado ao aumento da gordura corporal, que favorece o aparecimento de doenças, como pressão alta, anemia e diabetes.
 

Os benefícios de apertar o off

Memória turbinada

A tendência quando se navega na internet é fazer várias coisas ao mesmo tempo: acessar sites, assistir a vídeos, checar as redes sociais, bater papo… Como a atenção fica dividida entre essas diversas situações (e páginas da internet), o cérebro passa a receber exageradamente estímulo visual e auditivo. Resultado: não consegue armazenar todas as informações a que está exposto.

Raciocínio ágil

O excesso de estímulo e a rapidez com que as informações chegam ao cérebro também podem piorar o raciocínio e fazer com que as suas ações sejam tomadas sem que haja um período de reflexão antes. Isso pode levá-la até a dar respostas sem lógica nas conversas virtuais ou realizar compras por impulso.

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Relações em alta

Ficar conectada o dia todo pode virar um vício, causando afastamento do mundo real, dificuldade de prestar atenção em si mesma e nos outros, além de evidenciar certas características, como introversão, ansiedade e impulsividade.

Carreira promissora

Em muitos casos esse “vício” atrapalha até a vida profissional, pois há uma necessidade de checar o tempo todo as redes sociais, o que provoca a diminuição da concentração no trabalho e mau aproveitamento do tempo para a realização das tarefas
 

Fuja do tecnoestresse

Estabeleça limites

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Os problemas citados só acontecem se você exagerar na dose. “Estar conectado pode contribuir para nos aproximar de outras pessoas ou para nos afastar delas. A diferença está no modo como o mundo virtual é usado: como ferramenta para melhorar a qualidade do contato real ou como um fim em si mesmo”, salienta Renato Lendimuth Mancini, psiquiatra e psicoterapeuta do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

Não há uma regra que indique quantas horas por dia alguém pode ficar online. O que vale é o bom senso e a responsabilidade de não perder o foco das atividades cotidianas. Treine ficar alguns períodos longe do seu celular e crie uma regra pessoal, limitando o acesso a algum momento do dia e, quando for se divertir, realmente aproveitar a atividade que se propôs a fazer em vez de ficar presa a fotos e postagens. Se for muito difícil se desconectar, a dica é procurar ajuda profissional.

Filtre tudo

De acordo com a psicóloga Cristiane Moraes Pertusi, de São Paulo, além de restringir o tempo em que ficamos conectadas, é importante limitar as informações que são postadas — fazer das redes sociais um diário íntimo, por exemplo, escrevendo tudo o que se passa na sua vida, não é recomendado. “Não use as mídias como se fosse a sua língua. Quem fala sem parar, sem pensar o que e como irá expor, pode colocar a imagem em risco”, comenta. Em tempos de violência, essa mania pode ser até perigosa, já que você fornece informações pessoais para o mundo.

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