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É saudável para uma criança conviver e brincar com amigos mais velhos?

A interação com crianças de diferentes idades é muito importante para o desenvolvimento da criança. Saiba como orientar seu filho a brincar com os amigos mais velhos.

Por Solange Azevedo
Atualizado em 27 out 2016, 23h15 - Publicado em 18 mar 2014, 22h00
Reportagem: Solange Azevedo - Colaborou: Mariana Conte / Edição: MdeMulher
Reportagem: Solange Azevedo - Colaborou: Mariana Conte / Edição: MdeMulher (/)
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Foto: Getty Images

“A maioria das crianças do prédio onde moro está na faixa dos 7 aos 12 anos e o papo delas é meio avançado para o meu filho, que tem só 5. Será que devo evitar que ele brinque com essa garotada?” (pergunta enviada por leitora)

Não é necessário nem saudável proibir a convivência do seu filho com amiguinhos um pouco maiores. A interação com crianças de diferentes idades – e perfis também – é importante para o desenvolvimento da individualidade, da afetividade e da personalidade. É fundamental, no entanto, saber com quem seu pequeno anda se relacionando e como. Seja qual for a faixa etária das companhias, fique atenta para evitar que ele passe por situações inadequadas. Um modo de se manter vigilante é estar sempre aberta ao diálogo. Assim, ele se sentirá à vontade para lhe contar o que fez e o que aconteceu durante o dia, até mesmo eventuais episódios desagradáveis, pois saberá que tem o seu apoio.

Outra forma de cuidar dele sem ser invasiva é promover encontros da turma no seu apartamento. Experimente oferecer lanches e propor brincadeiras em casa. “Ao observar as conversas e o comportamento dos mais velhos com os menores, você perceberá que tipo de relação está sendo estabelecida”, ensina a psicopedagoga Evelise Portilho, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Se a postura for de respeito, carinho e proteção, a amizade pode ser positiva, inclusive para ajudar no amadurecimento do seu filho. A convivência frequente também será desafiadora e deve estimulá-lo a desenvolver novas habilidades intelectuais e sociais.

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Mas fique de olho em mudanças de comportamento. Investigue o que está havendo caso seu filho apresente atitudes estranhas de repente. “Linguagem inadequada, interesse sexual precoce e desinteresse por brincadeiras e outras crianças da mesma faixa etária podem ser sinais de que o contato, em particular com os pré-adolescentes, tem sido prejudicial”, ressalta a doutora em psicologia Raquel Manzini, de Brasília. A partir dos 11 anos, em geral, as crianças não gostam de brincar sempre com as mais novas e chegam a dizer que elas atrapalham a diversão. Assim, não é raro que pratiquem bullying ou algum outro tipo de violência contra elas.

Só não dramatize diante de qualquer situação. Pondere bem antes de atribuir culpa aos outros. E mais: “Se o seu filho chegar falando um palavrão, em vez de apenas repreendê-lo, explique que ele não deve fazer isso, ainda que escute em outras famílias ou na escola”, recomenda Evelise. Dessa forma, além de dar limites, você o ensina a respeitar as diferenças. Tudo isso, no entanto, não elimina a necessidade de que seu filho seja estimulado a se relacionar também com crianças da mesma idade, alerta a psicóloga Leila Tardivo, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. “Esse contato não pode ser substituído, pois eles têm interesses parecidos e mais coisas a compartilhar.”
 

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