Dou mamadeira e durmo na cama com meu leão
O Ariel foi abandonado pela mãe e eu o adotei. Apesar de já ter um tamanho assu stador, pra mim ele vai ser sempre meu bichinho de estimação
Eu e o Ariel dormimos sempre assim,
abraçadinhos
Foto: arquivo pessoal
Eu sentia que ainda tinha mais um rebento dentro da minha leoa, a Menina. Logo que ela pariu um único filhote, ele morreu. O estranho é que a barriga dela não diminuía. A veterinária disse que aquilo era comum, que demorava mesmo pra voltar ao tamanho normal. Mas eu estava certa de que ainda tinha mais um leãozinho no útero dela.
Por insistência minha, levamos a Menina ao consultório para fazer uma ultrassonografia.
Eu tinha razão. Lá na tela eu vi o Ariel. Comecei a chorar como se aquele fosse meu próprio filho. Fizeram a cesariana e o Ariel nasceu. Ele quase não respirava, porque ficou mais tempo na barriga do que podia. O filhote foi pro soro e, assim que foi liberado, colocamos pra mamar na mãe, mas a Menina não o acolheu.
Tenho 12 felinos
Há quatro anos, uns amigos do meu marido iam sair do país. Eles tinham tigres e leões e precisavam se desfazer deles. Nós, que já possuíamos a chácara para adestrar cães, adoramos a ideia de ter animais exóticos e contatamos o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Eles nos recomendaram algumas adaptações na chácara para podermos cuidar dos bichanos.
Depois disso, o próprio Ibama pediu que recebêssemos outros animais de zoológicos desativados ou recolhidos de circos. Hoje, temos 12 felinos em casa: sete tigres, três leões, um sumatra (um animal bem parecido com um tigre), um tigre de bengala e um tigre siberiano.