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Dilema de mãe: meu filho pega coisas sem pedir emprestado

Ele tem 15 anos e vive pegando as minhas coisas e as dos irmãos. Depois, o objeto "aparece" no armário do dono.Converso, explico, mas ele sempre mente e repete o comportamento. Como agir?

Por Victória Della Manna (colaboradora)
Atualizado em 11 abr 2024, 19h29 - Publicado em 3 ago 2015, 10h54

Mentir – ou fantasiar – pode constituir períodos, fases ou mesmo episódios ao longo da vida. Mas é considerado uma doença quando começa a trazer prejuízos ou implica sofrimentos mais graves, como ansiedade, depressão ou fobias. “É comum que crianças de 6 a 10 anos ainda não tenham compreendido o conceito de verdade e mentira”, aponta Helio Deliberador, professor de psicologia social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Elas vivem no mundo da fantasia e não têm noção do impacto que a omissão da realidade pode causar. “No entanto, aos 15 anos, o comportamento merece mais atenção.” Em adolescentes, esses episódios podem surgir como consequência de medo ou insegurança. Converse com seus filhos (o que apresenta o problema e os irmãos) e com os professores da escola para verificar se ele se sente deslocado de modo geral ou se vem tentando ingressar em um novo grupo que não o aceita. “Se o comportamento começa a atrapalhar a vida do jovem e das pessoas que convivem com ele, é aconselhável uma consulta com um profissional”, diz Ricardo Monezi, psicólogo da Universidade Federal de São Paulo.

Existem, ainda, casos de adolescentes que desenvolvem compulsão por mentira. “A situação fica mais séria se existe roubo de objetos de valor, como dinheiro e joias”, aponta a psicóloga Tereza Amorim, fundadora e diretora do Instituto Carioca de Gestalt-Terapia. “Se isso ocorrer, o acompanhamento profissional se torna indispensável.” Um dos transtornos possíveis é a mitomania, em que o indivíduo mente sobre questões inofensivas (como dizer que assistiu a um filme que não viu ou que já viajou para um lugar para onde nunca foi). Já na chamada síndrome de Pinóquio, a pessoa realmente acredita na história falsa e não percebe o que faz. Se suspeita desses comportamentos, converse com um psiquiatra.

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Em todos os casos e graus, os pais precisam mostrar que descobriram a mentira e ao mesmo tempo devem valorizar quando a criança ou o adolescente falar a verdade. “Está certo chamar a atenção do filho e ouvir o que ele tem a dizer, ainda que a estratégia pareça improdutiva”, destaca Monezi. “Conversa, paciência e muita observação, em casa e fora dela, para acompanhar se as atitudes diminuem ou se agravam, são fundamentais”, explica o especialista.

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