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Como funciona a terapia de casal

Um terapeuta pode equilibrar e fortalecer vínculos - ou ajudar na separação. Especialistas contam como funciona o tratamento

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 00h05 - Publicado em 16 abr 2014, 22h00
Liliane Prata
Liliane Prata (/)
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Tire suas dúvidas sobre terapia de casal
Foto: Revista CLAUDIA

Os motivos que levam à procura pela terapia de casal são diversos. Será que está na hora de vocês procurarem ajuda? Saiba como funciona esse tratamento.

Não existe hora certa para começar uma terapia de casal
O fundamental é reconhecer a insatisfação e evitar que as crises se tornem crônicas. “Se os problemas se arrastam há muito tempo, a taxa de sucesso diminui”, diz Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), autor de Relacionamento Amoroso: Como Encontrar sua Metade Ideal e Cuidar Dela (Publifolha). Na opinião dele, muitos casais adiam por causa da resistência dos homens – vários têm preconceito e não pensam em consultar terceiros.

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Quem procura deve saber que o objetivo do tratamento não é evitar o divórcio
“A proposta é ajudar o casal a encontrar uma forma harmônica de se relacionar, mas não há mágica”, explica Margarete Volpi, psicoterapeuta familiar e de casal especializada em sexualidade. Portanto, assim como existe a possibilidade de um salto qualitativo no relacionamento, nada impede que os envolvidos cheguem à conclusão de que serão mais felizes separados. Nesse caso, mesmo que a dor seja inevitável, é provável que o fim se mostre menos traumático, pois ambos puderam se expressar e refletir antes.

Quais as questões mais comuns no consultório?
“Uns sofrem de tédio, outros estão cansados de tanta briga”, revela Ailton. Para ele, “a briga, em si, não é ruim. A forma de brigar é que importa. Se há desrespeito, os envolvidos mal se ouvem e só querem atacar o outro, aí, sim, a briga é destrutiva e não leva a nada”, alerta. As questões da comunicação e da sexualidade podem entrar em pauta e as fases de mudança – como a chegada dos filhos – testam os casais. “Muitas mulheres reclamam que o marido não assume responsabilidades com a casa e as crianças. Quando faz a parte dele, a relação melhora”, diz o terapeuta. A infidelidade conjugal também leva muita gente ao consultório. Margarete conta que, certa vez, atendeu um casal que se dava muito bem na cama e fora dela até ambos descobrirem que já tinham sidos traídos pelo parceiro. Numa situação dessas, não cabe ao terapeuta impor uma “atitude certa” aos pacientes, e sim criar condições para que eles definam os próprios desejos e refaçam contratos.

Segundo Margarete, o prazo da terapia varia muito, mas a média é de seis meses, com sessões semanais.

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