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Como funciona a previdência privada: entenda de uma vez por todas

Especialistas dão a letra (ou melhor, os números) sobre como se preparar para uma boa aposentadoria

Por Laís Barros Martins (colaboradora)
Atualizado em 20 jan 2020, 16h54 - Publicado em 3 abr 2017, 12h38
 (Ile Machado/MdeMulher)
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As mulheres serão as mais afetadas com a Reforma da Previdência Social, especialmente aquelas de baixa renda que pretendem se aposentar apenas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Os critérios estabelecidos pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, em discussão na Câmara dos Deputados, eliminariam as diferenças entre a aposentadoria pública de mulheres e homens:

  • Idade mínima de 65 anos para se aposentar;
  • Tempo de contribuição mínima de 25 anos;
  • Tempo de contribuição de 49 anos para receber o benefício integral, anulando a fórmula 85/95 (soma da idade e do tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente);
  • Regra válida para mulheres de até 45 anos – as demais pagarão um pedágio de 50% sobre o tempo que falta para aposentar (se for um ano, por exemplo, terá de trabalhar um ano e meio);
  • Redução do valor de pensões por morte destinadas a mulheres com o benefício integral de 80,7% para 50%, mais 10% por dependente.

Esta suposta “equiparação” de gêneros desconsidera desigualdades históricas registradas na vida laboral de mulheres e homens, uma vez que, de acordo com dados do Ipea e do IBGE/Pnad:

Para evitar uma situação extremamente vulnerável, recomenda-se começar a pensar na aposentadoria o quanto antes. Uma previdência privada é uma boa pedida de investimento complementar para garantir tranquilidade lá na frente, já que é possível escolher a quantia e a periodicidade, além de poder resgatar o valor aplicado a qualquer momento.

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“Use o tempo a seu favor, defina os seus objetivos de renda futura e identifique o que você precisa começar a fazer hoje ou em breve para conseguir poupar e atingir os resultados desejados”, avaliam Ana Lúcia Emmerich e Cida Silveira, autoras do livro “Suba no salto e conquiste sua independência financeira”.

Qual é o plano de previdência mais indicado para você?

Perfil de risco
Além de considerar a solidez das instituições, é possível definir qual o seu perfil de risco em uma escala que vai geralmente de conservador e moderado a arrojado e agressivo. Um fundo de previdência privado pode conter uma combinação de ativos em equilíbrio, como títulos públicos, considerados mais conservadores, e ações, mais arrojados, por exemplo.

Situação fiscal – isento ou não de IR:
Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) – não pode ser abatido no Imposto de Renda, por isso é mais indicado para quem faz a declaração simplificada, como profissionais liberais e autônomos. Quando o dinheiro é sacado, o imposto é cobrado apenas sobre os rendimentos.

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) – pode ser abatido no Imposto de Renda para quem faz a declaração completa desde que o valor pago represente até 12% de sua renda bruta anual. Quando o dinheiro é sacado, o imposto é cobrado sobre o total aplicado no fundo.

Tipos de tabela de IR e como receber o benefício
Progressiva: taxa aumenta conforme o valor do seu salário, mais vantajosa para quem quer receber a quantia investida em parcelas mensais na faixa de isenção do IR ou se há a intenção de deixar o fundo em curto prazo.
Regressiva: taxa cai ao longo da aplicação, passando de 35% nos primeiros dois anos para 10% depois de 10 anos, mais indicada para investimentos de longo prazo e para quem pretende resgatar o dinheiro em saque único.

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Taxas administrativas
Carregamento: cobrada sobre cada contribuição.
Gestão: anual.
Saída: no momento do resgate.

Outra consideração é incluir os filhos no pagamento como “forma de garantir o patrimônio deles, e um recurso para inserir conceitos de educação financeira na rotina da família”, indicam as especialistas. Além disso, os planos de previdência privada oferecem opções de cobertura de vida e invalidez, o que poderá ampará-los com um pagamento da seguradora caso você venha a falecer ou fique sem condições de seguir trabalhando.

Empresas contratantes também podem contribuir, garantindo que você receba um aporte extra, mas é preciso observar bem as regras, como prazos de carência, taxas e rendimento. Ana Lúcia e Cida orientam questionar: “‘A cada real que contribuo a empresa também contribui?’ e ‘Posso optar pela portabilidade e transferir o montante para outro fundo caso eu saia da empresa ou serei obrigada a resgatar?’” para avaliar se o plano é vantajoso e flexível.

Cuide bem de você mesma e do seu dinheiro
Carolina Ruhman Sandler, consultora interessada em promover o empoderamento feminino a partir do empreendedorismo e da educação financeira, indica como podemos cuidar bem do nosso dinheiro a longo prazo e assumir o controle do nosso próprio futuro.

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“Para construir um patrimônio real, você precisa de uma reserva financeira e deve aplicar o seu dinheiro com regularidade, investindo uma quantia fixa a cada mês”, recomenda. “Se organize para começar aos poucos, de acordo com as suas condições e sendo gentil com você mesma”.

Assim, segundo ela, para um investimento de R$ 500 por mês, que corresponde a 20% de poupança de um salário de R$ 2.500, com ajuste a uma taxa de juros de 0,75 (retorno médio de uma previdência privada) e à inflação anual de 4,5% (correção do valor ao poder de compra atual), teríamos o seguinte quadro para quem começar a contribuir aos 20 anos:

poupar-aos-20-anos-pq
(Ile Machado/MdeMulher)

 

Agora, se começar a poupar aos 30 anos e investir o mesmo valor, o resultado é diferente:

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poupar-aos-30-anos-pq
(Ile Machado/MdeMulher)

 

*No site da Susep (Superintendência de Seguros Privados) é possível encontrar as entidades credenciadas a realizar planos de previdência privada e simular quanto será o benefício recebido de acordo com entidade e plano escolhidos.

 

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