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Como falar com os filhos sobre jogos online e segurança na internet?

Em quase todos os momentos, online e offline se misturam - e isso não seria diferente para as crianças e os adolescentes. É possível lidar com isso de forma eficaz?

Por Redação CLAUDIA
18 out 2016, 13h22
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Um jovem de 13 anos morreu após de ser encontrado dentro do quarto do pai, com uma corda enrolada no pescoço, em frente ao computador. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e faleceu menos de 24 horas depois. A família suspeita que o incidente tenha relação com um desafio feito por amigos depois da derrota em um jogo online. Gustavo Riveiros Detter era de São Vicente, no litoral de São Paulo.

Segundo o G1, o tio materno do garoto disse ter colhido informações sobre a morte do sobrinho. O adolescente jogava o game League of Legends. Quando alguém perdia determinado episódio, os o perdedor era desafiado pelos outros participantes a cumprir o “jogo da asfixia”, do inglês Choking Game, em que a pessoa interrompe o fluxo de ar com as mãos ou com objetos para induzir desmaios, euforia ou tontura.

O boletim de ocorrência afirma ainda que o garoto brincava com outros três colegas quando aconteceu o enforcamento e que a cena teria sido acompanhada em tempo real pelos outros participantes do jogo pela webcam. Essa não seria a primeira vez que o estudante participava do tal desafio. Um dos jogadores escreveu em uma das conversas online que achava que o ‘Detter’ (sobrenome da vítima) havia “ido se enforcar de novo”.

O caso foi registrado no 7º DP de Santos, mas será investigado pela Delegacia Sede de São Vicente.

Como falar com os filhos sobre perigos da internet?

“A internet é o mundo e nossos filhos precisam saber quais comportamentos são seguros e quais não são ao usar a rede”, explica Mariano Sumrell, diretor de Marketing da AVG, empresa de soluções em segurança online. Para ele, o ambiente virtual é análogo ao real e, por isso, valem os valores offline na hora de orientar os filhos.

Para ajudar no monitoramento, alguns itens podem ser levados em consideração:

1. Pesquise sobre o produto eletrônico antes de presentear seu filho

É importante dominar o dispositivo (celular, tablet ou computador) para que possa orientar corretamente seu filho sobre o uso. É ainda melhor compreendê-lo mais do que a criança.

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2. Configure o perfil de “controle dos pais” antes de entregá-lo

Atualmente, a maior parte dos eletrônicos vem com ajustes de controle parental. Essa ferramenta serve tanto para bloquear sites incompatíveis com a idade de seu filho, quanto para monitorar os passos nas redes.

3. Demonstre interesse pelas atividades online

Conversar com seu filho sobre o que ele anda fazendo no ambiente digital é a melhor maneira de estreitar os laços e desenvolver uma relação de confiança mútua. A partir daí, ele ficará menos suscetível a perigos – já que mantém um diálogo aberto com os pais. Por exemplo: Ele joga com os amigos? Peça, de forma carinhosa e interessada, para que ele te mostre como funciona o game e com quem joga. O autoritarismo só atrapalha nessas horas e o caminho amistoso é a melhor opção.

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Também vale lembrar que é apenas através desse relacionamento franco que você se sentirá tranquila ao permitir que ele tenha momentos de individualidade – especialmente na adolescência, fase em que os jovens podem recorrer ao isolamento para se descobrir e que precisam desse espaço. 

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