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Como conversar com os filhos sobre o novo surto de H1N1

A preocupação com a gripe suína pode fazer as crianças se sentirem ansiosas. Saiba como conversar com os pequenos sem assustá-lo

Por Aline Gomiero
Atualizado em 16 out 2016, 02h26 - Publicado em 4 abr 2016, 16h31
Getty Images
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O vírus Influenza, incluindo a variação que provoca a gripe suína (H1N1), se espalha por meio de partículas durante a tosse, o espirro e a fala. O contágio ocorre quando inalamos essas partículas ou quando as conduzimos com as mãos para regiões de mucosa, como boca, nariz e olhos. A pessoa infectada pode transmiti-lo durante um período que vai de um dia antes a sete dias depois do aparecimento dos sintomas. Enquanto as crianças de até 12 anos transmitem o vírus por até 14 dias, pois têm uma eliminação viral mais prolongada. Além disso, o contágio da doença entre elas é muito maior. Já que, quando doentes, produzem mais secreção, não sabem fazer a higiene adequada e espalham vírus por onde passam, aumentando o risco de contaminação de umas para as outras, principalmente em ambientes coletivos, como nas escolas. 

Por isso, é essencial relembrar seus filhos sobre como eles podem se proteger da doença. Saiba como:

_ Primeiro, procure tirar todas as suas dúvidas sobre o vírus. (Aqui, você encontra muitas informações). 

_ As notícias nos jornais ou fato de muitas pessoas estarem comentando sobre o novo surto da doença pode fazer as crianças se sentirem preocupadas e com medo. E ajudá-los a lidar com esses sentimentos exige dar informações sobre prevenção sem causar alarme. Então, pais, permaneçam calmos e confiantes na hora de conversar sobre o assunto. “Às vezes, a criança entre em uma crise de ansiedade pelos pais. Os pais precisam passar para ela um comportamento educativo sobre como se portar diante do problema, mas sem mostrar desespero”, explica Denise Lellis, pediatra e especialista pela Sociedade Brasileira de Pedriatria. 
 
_ Comece explicando sobre os malefícios de estar doente. “Eu conversei com meu filho assim: filho, é muito ruim ficar gripado, não é? Você tem algum amiguinho que ficou? Ele disse que sim. Então, a gente não consegue brincar direito, dormir direito, comer direito… Por isso, precisamos tomar cuidado com algumas coisas para não passar por isso”, contou Denise. 

_ Lavar as mãos com frequência diminui em 25% a ocorrência de doenças respiratórias, inclusive gripe suína. O dado é da ONG Public-Private Partnership Handwashing, que se dedica a disseminar o hábito. Ensine seu o pequeno que o primeiro passo é, com sabonete, esfregar sucessivamente palma com palma; entre os dedos; o dorso de uma mão na palma da outra; e ao longo dos dedos. Em seguida, enxaguar deixando a água escorrer no sentido do cotovelo.

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_ Compre uma caixa de lencinho de papel e coloque na mochila do seu filho. Explique a ele que é importante cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar com o lenço descartável, para evitar o contato das secreções com as mãos. Se ele não tiver o lenço por perto quando tossir, ensine-o que o ideal é levar os braços até a boca – e não a mão. 

_ Peça para ele manter um frasquinho de álcool gel na bolsa e utilizá-lo a toda hora. 

_ Diga para evitar conversar muito perto dos amiguinhos e não compartilhar garrafas, talheres e lanches.

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_ Seu filho tem medo de Vacina? Isso não é motivo para não vaciná-lo. Seguir o calendário de vacinação é a melhor forma de proteger não apenas a criança mas toda a sociedade. De acordo com informações do Ministérioo da Saúde, se uma criança não imunizada está cercada de outras 15 que receberam vacinas dificilmente será contaminada. O grupo forma um halo de proteção: as crianças imunizadas combatem o agente causador da doença e não o repassam adiante. Mas, se muitas crianças deixam de ser vacinadas, essa proteção coletiva passa a falhar. A dica para que o pequeno encare a agulha sem traumas, é contar a ele sobre o procedimento no mesmo dia. Não fale com antecedência, pois como a criança não tem noção de tempo, ficará muito ansiosa. 
Nada de enganar o filho. Diga que vai doer um pouco, mas que logo passará. 

A Coordenadora Pedagógica Ivanilda Milfont, do colégio EM Clori, de Dourados (MS), organizou um material super lúdico para trabalharmos a prevenção com as crianças. Vale a pena assistir e mostrar aos pequenos. Confira:

 

 

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