Cineasta conta a história do irmão com Síndrome de Down em documentário emocionante
"Sempre ouvi das pessoas que as coisas mais bonitas que escrevo são sobre ele e eu tenho certeza, porque ele é a coisa mais bonita que já me aconteceu", descreve Dayana Sokem Dalloul, de 22 anos.
“Transformei meu TCC em um ato de amor”. É assim que Dayana Sokem Dalloul, de 22 anos, descreve o emocionante documentário produzido para conclusão do curso de cinema, que conta a história de seu irmão Mohamed Blal Sokem Dalloul, de 18 anos.
“Com certeza um dos objetivos foi quebrar o preconceito. Um dos objetivos foi mostrar para as pessoas que isso não é uma coisa ruim, não é uma doença, não é algo que você tem que temer quando vai pensar em ter um filho. É algo que só traz ensinamento. É difícil sim, mas é sim uma grande oportunidade de aprendizado. Me sinto honrada em ter um irmão com Síndrome de Down”, afirmou Dayana ao G1.
Além do trabalho lhe render nota 10, ele também contribuiu para o desenvolvimento de Mohamed, que participou de cada detalhe da produção. “Meu irmão sempre foi muito desenvolvido e muito estimulado em casa. Só que eu sinto que o filme fez com que nos empenhássemos ainda mais na síndrome. Percebi que ele foi aprendendo a falar coisas que antes não sabia falar, ele foi desenvolvendo senso crítico de tudo o que estava ao redor. Fiquei muito impressionada e sinto que o filme ajudou nisso, foi um grande passo na vida dele”.
O filme já estava pronto, mas ainda não tinha sido lançado. Foram seis meses até a divulgação. Tudo isso, pois a autora fazia questão de que o conteúdo chegasse ao público com legenda, libras e áudio descrição.
A cineasta conta que, apesar do reconhecimento dos professores e da família, a melhor sensação veio do elogio de Mohamed. Segundo ela, ele agradeceu com muito carinho: “Day, muito obrigada! Eu amei o meu filme! Obrigada por ter feito o meu filme!”.
Confira o resultado: