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Carência: descubra o limite desse sentimento

Aprenda a combater de uma vez por todas a carência e fortaleça a sua autoestima

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 20 jan 2020, 11h21 - Publicado em 14 fev 2011, 21h00
Roberta Cerasoli (/)
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Se você espera que alguém lhe dê a mão para ter carinho e atenção, você é uma pessoa carente!
Foto: Getty Images

Vazio, tristeza, falta de carinho. Por todos os lados, as pessoas parecem mais felizes do que você. E o pior, não aparece ninguém para tirá-la dessa escuridão em que se meteu sem querer. Opa! Você está esperando alguém que lhe dê a mão para ter carinho e atenção? Pois isso tem nome: carência! E, para sair dessa, só quem pode ajudar é uma pessoa. Não, não é o príncipe encantado que vai vir em um cavalo branco. É você mesma. “Carência tem a ver com o excesso de importância que damos a outras pessoas”, diz o psiquiatra Luiz Alberto Py.

Às vezes, a pessoa quer um carinho do marido, um beijo dos filhos. Mas isso não pode ser uma constante. Os grandes causadores da carência são: insegurança, medo de solidão e falta de amor-próprio. “A pessoa pensa que, se fosse legal, não estaria só. Mas é preciso tomar as rédeas da própria vida, e não esperar isso do outro”, orienta Py.

Então, nada de apostar as fichas no marido, nos filhos ou em outra pessoa. Você precisa estar feliz para ser amada por todos. Então cuide de você, e o carinho que espera dos outros será consequência.

5 formas de combater a carência

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1. Não tenha medo da solidão
O marido saiu, os filhos também, está sozinha em casa? Aproveite para ler um livro, ouvir aquela música que seus filhos detestam, ver a novela em paz. Curta o seu momento.

2. Faça uma autoanálise
Muitas vezes, a pessoa pensa que os outros estão se afastando dela, que todos são culpados pela sua carência. “É preciso que ela analise se não é ela quem está se afastando das pessoas, muitas vezes por não conseguir colocar pra fora seus sentimentos ou qualquer outra razão”.

3. Exercite-se
Faça caminhadas, ande de bicicleta ou apenas suba as escadas do seu prédio. A atividade física aumenta a produção do hormônio que dá a sensação de bem-estar.

4. Não se afaste das amigas
Quando a mulher se casa, é natural que as amigas da época de solteira se afastem. Mas não deixe que isso aconteça. Marque um café ou um jantar com elas uma vez por mês, pelo menos. Isso a deixará sempre com uma lembrança boa da época em que era solteira e feliz, mesmo sozinha.

5. Tenha um bichinho de estimação
Ele está sempre disposto a dar e receber carinho, sem exigir nada em troca. E você aprende uma nobre lição: amar sem cobranças.

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Carência: descubra o limite desse sentimento

Reserve um momento para mentalizar o amor e se livrar da carência
Foto: Getty Images

Exercício mental para driblar a carência afetiva

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O exercício abaixo foi criado pela terapeuta holística Izabel Telles, formada pelo The American Institute for Mental Imagery, de Nova York (EUA):

Sente-se num lugar tranquilo, feche os olhos e imagine uma muralha gigante feita de pedras à sua frente. Nessa muralha, estão todos os sentimentos do mundo. Inspire profundamente e, usando a força do seu pensamento, quebre a muralha ao expirar. Agora mentalize o amor (que pode ser representado por uma cor, uma pessoa etc.). Respire e abra os olhos.

Repita esse exercício 1 vez por semana, ou quando sentir vontade. e vai se sentir melhor.

3 graves erros do carente

Entregar seu coração e a sua felicidade nas mãos de outra pessoa.
Quando está solteira, a pessoa acredita que, ao encontrar o seu grande amor, a carência acabará. Já casada, ela pensa que, se o marido lhe desse mais atenção, tudo se resolveria. Enfim, nunca está bom. Então, ou passa a cobrar cada vez mais o amor do outro ou desconta essa frustração em vícios, como comer demais, fumar, beber, fazer compras. Tudo o que, além de não resolver, complica mais a sua vida.

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Depositar a carência nos doces.
As mães adoçam o leite de seus bebês nas mamadeiras. Já mais velhinhos, quando se comportam bem, merecem um doce. Ou seja, o açúcar está diretamente ligado ao afeto. E, havendo carência, o doce pode ser a compensação. Mas a realidade é outra. Além de não preencher o vazio que sente, o doce ainda deixa o carente com peso na consciência, por causa do aumento de peso.

Sufocar quem te ama de verdade.
Seja filho, marido, amigo… Ao se sentir carente, a pessoa acaba se doando inteiramente ao outro, oferecendo carinho, agrados, mimos, e abre mão de sua própria vida. Só que, ao se colocar em último lugar na lista de prioridades, essa pessoa acaba pagando um preço alto e vai se sentindo cada vez mais carente. E, claro, depois vai cobrar o objeto de sua atenção com uma insatisfação sem limites ou um ciúme excessivo. É preciso colocar as suas necessidades sempre em primeiro lugar, para, depois, amar quem está ao seu lado.

 

Carência: descubra o limite desse sentimento
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Por carência, Norma se entregou ao cafajeste Léo
Foto: Alex Carvalho / Divulgação Rede Globo

Na ficção…

Se tivesse tomado todos esse cuidados, Norma (Gloria Pires) não teria sido enganada pelo cafajeste Léo (Gabriel Braga Nunes), em “Insensato Coração”. Depois que ficou viúva, a técnica em enfermagem deixou de se cuidar, aceitou ser maltratada pelo patrão e perdeu a esperança de ser feliz. Léo chegou como a tábua de salvação. Claro que ela se entregou. “Uma criança precisa que cuidem dela. Um adulto não”, enfatiza o psiquiatra.

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