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Adolescentes e álcool: uma mistura explosiva

Descubra como alertar o adolescente para que ele não vá "com muita sede ao copo!"

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 04h41 - Publicado em 7 fev 2013, 21h00
Reportagem: Fernanda Cury / Edição: MdeMulher (/)
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Quando seu filho chegar em casa à noite, observe o cheiro, o hálito, a voz enrolada e a falta de equilíbrio
Foto: Getty Images

Mesmo que você evite, mais cedo ou mais tarde o adolescente e o álcool acabam se encontrando. Daí, você vai se perguntar: “Onde foi que eu errei?; “Com quem ele tem andado?” Ficou preocupada? Para¬béns! Infelizmente, muitos pais encaram o consumo excessivo de bebida na adolescência como algo normal. Mas não é. “Todo mundo bebe”, dizem alguns deles. Por isso, os jovens estão começando a ingerir bebidas alcoólicas cada vez mais cedo e as meninas a beber tanto ou mais que os meninos. Pior é que certamente parte deles conviverá com o alcoolismo no futuro. Isso sem contar os riscos que o álcool traz para a saúde.

Segundo os especialistas, cabe aos pais manter as rédeas da educação dos filhos também nesse assunto. “Sem orientação, eles correm mais perigo de se tornar dependentes da bebida”, alerta o psiquiatra Ronaldo Laranjeiras, coordenador do programa de pesquisas em álcool e outras drogas, da Escola Paulista de Medicina. A seguir, saiba mais sobre esse problema e evite que seu filho desenvolva uma relação doentia com a bebida.

Por que o álcool é a droga mais consumida?

· Porque ela é socialmente aceita, legalizada, e seu consumo é estimulado em propagandas na mídia.

· Por causa do baixo custo das bebidas, se comparadas com outras drogas. A latinha de cerveja, muitas vezes, é mais barata do que a de refrigerante!

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· Porque é fácil comprar: apesar de proibida, a venda de bebida alcoólica para adolescentes é comum.

O primeiro porre!!!

· Se o adolescente chegar em casa bêbado e você estiver muito zangada, deixe para conversar no dia seguinte. Ofereça 1 copo de água e diga: “Amanhã conversamos”. Ele vai perceber que você quer ajudá-lo.

· Segundo a psicóloga Lídia Aratangy, nessa hora é preciso que o jovem sinta as conseqüências de seus atos. “Se vomitar, mande limpar. Se amanhecer de ressaca, deixe sentir dor de cabeça. Só assim, ele vai perceber que o excesso é desagradável”, orienta.

· Seja qual for sua atitude, aja com serenidade. Quando disser ao seu filho que ele não deve fazer algo, mostre que a intenção é protegê-lo.

Se ele exagerou na dose… muita calma nessa hora.

· Não converse em tom autoritário. Isso só vai ajudar a dar aos amigos o papel de bacana e a você, o de careta.

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· Explique a preocupação com sua saúde e sua segurança e deixe claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa.

· Esclareça a diferença entre beber 1 cálice de vinho num almoço familiar, em casa, e ficar embriagado para se divertir numa festa com os amigos.

· Respire fundo e evite medidas extremas.

· Olhe para trás e recorde sua adolescência. Lembre-se de que você também já passou por isso.

A bebida atrai o jovem porque…

· Reduz o nível de ansiedade.

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· Leva embora a timidez.

· Faz com que ele seja aceito e admirado pelo grupo de amigos

· Diminui a angústia, própria da idade.

Dê o exemplo

· Não exagere! Para o adulto, é normal tomar vinho no jantar, caipirinha no almoço ou cerveja no fim de semana. Não há problema algum em beber moderadamente.

· Não se vanglorie por secar 1 garrafa de uísque ou 15 latinhas de cerveja no fim de semana. Isso serve de incentivo para seu filho.

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· Não beba com a intenção de aliviar a tensão ou curar uma tristeza, muito menos até perder o controle.

· Pais que bebem em excesso colocam em risco a sensação de segurança e proteção da família.

Estabeleça os limites!

· Seu filho, provavelmente, vai discordar e reclamar, mas depois e refletir acabará concordando com as regras

Pegue leve!

· “Em casa, em situações familiares, os pais podem ensinar o filho a beber”, aconselha o psiquiatra Ronaldo Laranjeiras. “Mas atenção: não se trata de incentivar a bebedeira, mas permitir que ele experimente.

· Se seu filho tem acesso à bebida em qualquer bar, é melhor ensiná-lo a enfrentar o mundo lá fora”, esclarece o médico. Assim, ele descobrirá seu próprio limite, evitando a bebedeira, o mal-estar físico e os famosos micos.

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Fique atenta!!

· Quando seu filho chegar em casa à noite, observe o cheiro, o hálito, a voz enrolada e a falta de equilíbrio.

· Se perceber que os amigos dele costumam beber e que os pais encaram isso de forma positiva, tenha uma boa conversa com ele.

· Se seu filho vai a uma festa porque tem bebida e não por qualquer outro prazer que ela possa proporcionar, fale com ele.

Linha dura!!!

· Muitos pais permitem que seja servida bebida alcoólica para adolescentes de 13, 14 anos, em festinhas. Oferecer bebida para menores de 18 anos é proibido por lei! Fique de olho nessas festas. Na dúvida, converse com os pais do anfitrião para saber o que eles pensam. Se achar que seu filho não deve ir, simplesmente proíba.

· O adolescente precisa saber que beber fora de casa implica risco maior de sofrer vários tipos de acidentes e atos violentos. Portanto, em relação à segurança dos filhos, não cabe discussão: não autorize que bebam fora de casa. “Da mesma forma que colocam telas na janela para evitar que caiam, os pais precisam colocar “telas” emocionais para que o adolescente não se lance em situações perigosas. Os acidentes são a maior causa de morte entre jovens, especialmente os relacionados com o consumo de álcool”, alerta Ronaldo.

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