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Ação impactante faz alerta sobre consentimento e estupro

“Se eu não posso dizer não. Eu não posso dizer sim”, dizem cartazes à frente de mulheres desacordadas nas ruas de Chicago.

Por Júlia Warken
Atualizado em 21 jan 2020, 05h08 - Publicado em 12 set 2016, 23h05

Falar sobre o que é consentimento sexual já deveria ser página virada, mas infelizmente não é. E depois da revoltante notícia de que o americano Brock Turner já está fora da prisão, uma dupla de publicitárias resolveu protestar de maneira educativa pelas ruas de Chicago.

Para quem não está familiarizada com a história, Turner ficou apenas três meses preso, após ter estuprado uma jovem desacordada na Universidade de Stanford. Ele foi condenado a apenas seis meses de prisão e, mesmo com uma pena ridiculamente curta frente à gravidade do crime, ele conseguiu reduzir ainda mais sua permanência na cadeia.

Desde sua soltura, no dia 2 de setembro, o caso voltou a causar revolta e inspirou as publicitárias Snake Roth e Stephanie Franke a criar a campanha “Know No” (Conheça o Não, em tradução livre). Em uma ação impactante, atrizes interpretavam mulheres desacordadas e traziam uma placa com as frases: “Se eu não posso dizer não. Eu não posso dizer sim”.

O ato também rendeu um vídeo, que tem como trilha sonora a versão instrumental de “Till it happens to you”, música de Lady Gaga que é tema do documentário “The Hunting Ground”. O filme – que está disponível na Netflix – aborda a pandemia de casos de abuso sexual nas universidades americanas.

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Para as idealizadoras da campanha, muita gente ainda vê o consentimento sexual como uma “área cinza” e isso traz terríveis consequências. Elas acreditam que é urgente acabar com essa noção equivocada, para que mais crimes sexuais sejam denunciados e para que eles possam, inclusive, ser impedidos. É preciso, de uma vez por todas, entender que, em se tratando de sexo, quem cala NÃO consente.

Não compreender o que é consentimento ainda faz com que muitas mulheres estupradas se sintam culpadas pelo abuso que sofreram e ainda faz com que a sociedade – e o poder público! – as culpe também. É a velha história do “foi ela que bebeu até cair, então sabia no que estava se metendo”. Isso faz parte da cultura do estupro e a culpabilização da vítima é algo que precisa acabar JÁ. O culpado é sempre o estuprador e nunca a quantidade de drinks que a vítima ingeriu.

Divulgação
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E se você acredita que esse tipo de problema é algo que só rola lá nas universidades americanas, então prepare-se para dados revoltantes. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon e Data Popular ouviu 1.823 universitários brasileiros e revelou – no final de 2015 – que 27% dos homens entrevistados acreditam que abusar de uma mulher bêbada não é violência.

Sim, isso mesmo: um em cada quatro homens brasileiros com nível universitário não compreende que se uma mulher não pode dizer não, ela não pode dizer sim. Ou pior: compreende, sim, mas acredita que abusar de uma mulher desacordada não é violência, pois ela sabia onde estava se metendo quando resolveu beber além da conta.

Conhecer E RESPEITAR o não ainda é assunto urgente!

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