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A luta de uma das mulheres mais importantes do planeta por igualdade

A história da líder americana homossexual Beth Brooke, considerada uma das mulheres mais importantes do planeta, em sua luta por um mundo mais igualitário

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 31 out 2016, 11h32 - Publicado em 15 ago 2013, 22h00
Reportagem: Maria Laura Neves / Edição: MdeMulher
Reportagem: Maria Laura Neves / Edição: MdeMulher (/)
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“Ninguém pode realizar seu potencial sem ser livre”, diz Beth Brooke
Foto: Getty Images

A americana Beth Brooke é uma das mais bem-sucedidas executivas do mundo. Aos 54 anos, ela é vice-presidente global de políticas públicas da Ernest & Young, multinacional com 167 mil funcionários espalhados por 140 países. Recentemente, ela esteve no Brasil para participar, como convidada, de um evento dedicado a discutir questões femininas. Graças a sua grande influência, Beth foi eleita uma das 100 mulheres mais importantes do planeta pela revista Forbes no ano passado – lista da qual fazem parte três brasileiras, Dilma Rousseff, Gisele Bündchen e a presidente da Petrobras, Graça Foster. A aparição nesse rol da fama das poderosas se deu logo depois de a executiva tomar uma atitude que deixou o mundo dos negócios em polvorosa: ela assumiu publicamente sua homossexualidade.

Durante a maior parte de sua carreira, Beth manteve sua orientação sexual em segredo. Passou anos evitando ser abordada nos corredores da empresa por colegas curiosos, cheios de perguntas sobre sua vida pessoal. Tudo mudou em 2011, quando ela decidiu participar de uma campanha pela prevenção do suicídio entre adolescentes em conflito com a sexualidade. Intitulada “It gets better” (Vai melhorar), a campanha exibia um vídeo com adultos relatando a experiência de se assumir homossexual. Beth estava entre eles. Olhos voltados para a câmera, ela diz: “Eu sou gay. E lutei anos contra isso”. Em entrevista a CLAUDIA, a executiva conta que sair do armário foi um processo complexo. “Não tinha nenhuma vontade de expor minha vida particular, mas, quando surgiu a oportunidade de falar com jovens que passam pelos mesmos problemas que enfrentei, resolvi que era o momento de me abrir.” Embora tivesse um bom motivo, Beth acredita que o episódio acabou beneficiando- a, pois até seu desempenho profissional melhorou desde então. “É muito importante ser autêntico. Ninguém pode realizar seu potencial sem ser livre”, argumenta.

Histórias como a de Beth ainda são raras no mundo dos negócios. Em geral, os grandes executivos gays e lésbicas preferem manter sua orientação sexual em sigilo até o fim por causa do que os pesquisadores chamam de “fator medo”. É que há um temor de que a revelação afete o desempenho da companhia. Beth defende, no entanto, que a aceitação da diversidade em seus quadros é algo lucrativo para as empresas. “Pessoas com histórias de vida e perspectivas diferentes inovam mais”, afirma. Além disso, líderes assumidos seriam gestores melhores. “A transparência gera confiança e, consequentemente, as equipes rendem mais”, justifica. Beth começou a trabalhar com questões de gênero há 12 anos, quando uma colega de trabalho disse que, como executiva, ela estava fazendo pouco por outras mulheres. “Primeiro fiquei ofendida, depois percebi que tinha razão”, lembra. “As coisas estão começando a mudar, pois as próprias empresas já estão se dando conta de que a diversidade é boa para os negócios.”
 

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