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A cerveja foi descoberta por uma mulher

O lúpulo, um dos principais ingredientes da bebida, foi descrito pela primeira vez pela monja e teóloga alemã Hildegard von Bingen

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h52 - Publicado em 8 mar 2019, 15h15

É muito comum associar a cerveja ao universo masculino. Mas nem todo mundo sabe que esta bebida tão popular e presente no mundo inteiro foi descoberta por uma mulher. Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, conheça mais sobre curiosidades, passado e presente da bebida nas vozes de mulheres especialistas no assunto e que quebraram estereótipos dentro do universo cervejeiro.

Há 11 000 anos, enquanto os homens saíam para caçar e levar a carne para casa, as mulheres ficavam responsáveis por cuidar dos grãos que eram mantidos dentro de jarros e que seriam usados para fazer pão. Foi dessa forma, meio por acaso, que a cerveja foi descoberta. “Os grãos muitas vezes não eram consumidos e acabavam mantidos dentro de jarros, tomando chuva e sol, sendo fermentados e formando o líquido que hoje chamamos de cerveja”, explica Carolina Loureiro, Beer Sommelière da Cervejaria Ambev.

Milhares de anos depois, por volta de 1.800 a.C., foi escrita a primeira receita de uma cerveja. Feita em homenagem a uma mulher, a deusa conhecida como Ninkasi pelos sumérios, a fórmula trazia tâmaras, grãos variados, ervas, mel e especiarias.

O próprio lúpulo, um dos principais ingredientes na produção da cerveja, teve suas propriedades descritas pela primeira vez anos mais tarde, no século XII, por uma mulher, a monja e teóloga alemã Hildegard von Bingen ou Santa Hildegarda.

Para Carolina, a mulher sempre esteve e agora está cada vez mais envolvida no universo cervejeiro, mostrando que a diversidade não deve ficar apenas nos rótulos. “A mulher está no passado, no presente e no futuro da cerveja. Cada vez mais vemos mulheres se aventurando nesse universo e criando cervejas incríveis de todos os estilos”, explica.

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Hoje, apenas na Cervejaria Ambev, são mais de 58 mulheres cervejeiras, dentre elas mestre-cervejeiras e Beer sommelieres. Dentro do CIT, o maior Centro de Tecnologia e Inovação do mundo – que tem como missão desenvolver novas cervejas, receitas, embalagens e outras bebidas – já são 32 mulheres, de um total de 88 pessoas.

Cicerone brasileira 

Se as mulheres já ocupam lugares de destaque na história e no atual mercado de produção de cervejas, quando o assunto é conhecimento e avaliação da bebida o Brasil tem mais exemplos de que a frase “cerveja é bebida de homem” não faz sentido algum.

Sommelière de cervejas há mais de seis anos, Beatriz Ruiz é hoje gerente de cultura e relacionamento da Cervejaria Ambev e a primeira pessoa no Brasil a possuir a mais importante certificação cervejeira do mundo. Criado em 2009 nos Estados Unidos, o Cicerone certifica Sommeliers em todo o planeta. Para isso, é necessária uma longa avaliação prática e teórica, dividida em três etapas.

“O público-alvo da cerveja ainda é majoritariamente masculino e, até em função disso, muitos homens não aceitam que entendem menos a respeito da bebida que uma mulher. Mas a cada dia que passa, mais e mais mulheres ocupam seu espaço no mundo cervejeiro, criando, produzindo, avaliando e bebendo cerveja. É um caminho sem volta”, afirma.

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Beatriz também é fundadora da confraria Goose Island Sisterhood, projeto cujo objetivo é debater cerveja no universo feminino e que, inclusive, produz suas próprias cervejas. Atualmente, nove meninas estão na linha de frente, mas 900 mulheres fazem parte do grupo no Facebook. Todo o lucro da venda das cervejas da confraria é doada para instituições que lutam por causas feministas. “Nosso objetivo é informar e empoderar ainda mais as mulheres sobre o universo cervejeiro”, complementa.

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