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7 dicas para aprender a falar “não” e não sofrer por causa disso

Negar pedidos é importante, principalmente se for para evitar danos para sua vida.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 25 nov 2022, 15h59 - Publicado em 27 out 2018, 23h59
Portrait of a young woman holding out her hand as a stop sign (Francesco Carta fotografo/Getty Images)
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Em teoria é simples, mas negar um pedido e dizer abertamente que não quer ir a uma balada ou a um simples happy hour é um transtorno para muitas pessoas, que suam frio e têm uma criatividade do tamanho do mundo para inventar desculpas e evitar falar o não de forma direta. Essa resistência toda, acredite, vem da nossa própria dificuldade em ouvir o “não” alheio.

É o que explica a psicóloga especialista em terapia cognitivo comportamental Ellen Moraes Senra: “O ser humano é, em sua essência, egoísta, treinado para não aceitar um ‘não’ sem justificativas. Justamente por isso, quando queremos negar algo, tendemos a inventar desculpas que nos eximem das críticas que viriam após a respostas real.”

E dá-lhe “rodeio”. Para que esse pequeno pânico social não prejudique seu dia a dia, pedimos a Ellen, à psicóloga organizacional e clínica Livia Marques e à psicóloga clínica Rose Almeida dicas para você conseguir falar “não” e não sofrer com isso. Se prepare!

– Treine na frente do espelho

Sem desculpas, sem enrolação. Ensaie respostas para situações comuns – como o happy hour que mencionamos ali no começo – de forma firme e delicada. Por exemplo: “Não vou hoje, porque não estou na vibe de happy hour. Vou direto para casa mesmo” ou “O ambiente de barzinhos cheios me deixa desconfortável, então não vou.” Quando chegar a situação real, você estará com a confiança na ponta da língua.

– Encerre as negativas com delicadeza

Muitas vezes, o problema de falar “não” é o medo de que o interlocutor sejaríspido na sequência. Mas perceba: ninguém consegue ser grosseiro depois de receber uma resposta delicada. Então você pode dizer algo na linha “Estou cheia de trabalho para colocar em dia, então não vou poder fazer este favor para você, infelizmente. É uma pena mesmo.” Pode se preparar para ouvir até pedido de desculpas.

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– Convide a outra pessoa a se colocar no seu lugar

Empatia é a palavra-chave aqui. Você está cheia de coisas para fazer, mal dando conta da sua vida, e alguém vem pedir um favor. Explique a situação com objetividade – não precisa contar seus problemas com detalhes, claro! – e peça de forma direta que a pessoa entende seu posicionamento. Se ela ousar dizer “ah, eu diria ‘sim’”, reforce que cada pessoa reage de um jeito e você opta pelo oposto dela.

– Peça um tempo para pensar

Se você for pega de surpresa e não deu tempo de ensaiar na frente do espelho, resista à tentação de inventar desculpa; peça à pessoa um tempo para pensar na situação. Simples assim. Daí sim você terá oportunidade de treinar e retornar com um texto pronto para a negativa.

– Elogie, negue e agradeça

Esta é uma regrinha das relações sociais. Para negar algo e sair da situação como a mais magnânima das colegas/amigas/familiares, siga este roteiro: primeiro elogie – “É uma ideia muito boa”, “É um programa legal” –, negue – “mas não posso topar, porque vai me atrapalhar com outras coisas”, “mas não vou junto, porque não estou a fim” – e finalize agradecendo – “mas muito obrigada por ter pensado em mim/pelo convite de qualquer maneira”.

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– Procure ajuda especializada na terapia

Se você não conseguir fazer nada disso por conta própria, não se sinta mal: é também para isso que existem psicólogas maravilhosas esperando para lhe ajudar. Procure uma voltada para terapia comportamental, exponha sua dificuldade e pronto.

– Coloque-se em primeiro lugar

Lembre-se: saber dizer “não” é uma questão de autopreservação muitas vezes. Não se culpe, principalmente quando o “não” for para evitar danos para você.

Falei “não” e me arrependi. E agora?

Tranquilo. Voltar atrás faz parte da vida. “Também é uma questão vista socialmente como negativa, mas é importante se posicionar, dizer que repensou a resposta e deseja conversar numa boa sobre o assunto”, orienta Livia. Ellen complementa: “Basta ser franca e assumir que foi um ‘não’ equivocado, que você percebeu que poderia fazer tal concessão caso a pessoa ainda deseje.”

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