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11 frases que as mães de adolescente devem parar de repetir

Algumas colocações têm o poder de cortar imediatamente a comunicação com o adolescente. Na maioria das vezes, são frases prontas, nas quais os pais nem acreditam de verdade, mas que saem automaticamente. Saiba quais são e o porquê você deve evitá-las

Por Aline Gomiero
Atualizado em 27 out 2016, 19h44 - Publicado em 6 Maio 2014, 14h27

1. “VOCÊ SÓ ESTÁ FAZENDO ISSO PARA CHAMAR ATENÇÃO”

No livro “Novos desafios da convivência” (editora Rideel), a psicoterapeuta Lidia Rosenberg Aratangy discute as novas dinâmicas de convivência entre gerações e indica meios de desatar nós das conturbadas relações familiares. Segundo ela, ao conversar com o filho jovem, os pais devem manter a serenidade e ter bom-senso, por isso o ideal é que algumas “frases clichês” sejam evitadas. Quando a mãe repete a frase acima, por exemplo, ela está simplesmente evitando entender o comportamento do filho e concluindo que não passa de uma birra. Quando querem, os jovens sabem exatamente como atingir os pais e deixá-los atrapalhados, sem saber muito bem como argumentar. O segredo é ser inteligente! Estimule seu filho a expor seus argumentos, mas já tenha a resposta dentro de si mesma. Assim, você consegue dar o recado sem se desgastar ou ficar repetindo frases prontas.

2. “QUANDO EU TINHA A SUA IDADE…”

Os tempos eram outros. As expectativas eram diferentes… Não é justo com os filhos fazer a apologia do tempo passado, a não ser que a conversar sirva para partilhar experiências verdadeiras ou bons conselhos. De acordo com Roseli Silva do Amaral, psicopedagoga e Diretora do CAM – Colégio Anhembi Morumbi, os valores e as tradições educacionais estão em contínuo processo de transformação, porque a sociedade é dinâmica, principalmente com o advento tecnológico, as novas gerações sofrem outro tipo de influência. “O mais indicado é que os pais usem as notícias do cotidiano para abrir um processo de discussão e reflexão com os filhos”.

3. “DINHEIRO NÃO NASCE EM ÁRVORES”

“Se os pais tivessem o costume de discutir abertamente as dificuldades econômicas e os critérios pelos quais são estabelecidas as prioridades de despesas, poderiam esperar dos filhos adolescentes uma atitude mais realista com relação ao dinheiro”, reflete a autora Lidia Rosenberg Aratangy. Ao ensinar o adolescente a lidar com dinheiro os pais estão garantindo que eles tenham uma vida adulta mais feliz e tranquila. Mas esta tarefa não é nada fácil. Se seu filho passar dos limites e gastar demais, chame-o para uma conversa séria e sempre deixe claro qual é a realidade financeira da família.

4. “AQUI NÃO É A PENSÃO DA MÃE JOANA”

“Por trás dessa frase está a acusação que o jovem usa a casa apenas como pousada e restaurante, e não manifesta interesse pelo que se passa com os outros membros”, explica a psicoterapeuta Aratangy. Tente entender que os adolescentes preferem, sim, a companhia dos amigos do que da família. É natural nesta idade, não tente evitar essa situação. Os pais não devem deixar de participar da vida deles, de expressar suas opiniões, mas isso deve ser feito com tato e carinho. Dica: sempre reforce os valores da família.

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5. “ISSO É COISA DE ADOLESCENTE, DEPOIS VAI PASSAR”

Com essa frase, os pais desqualificam o que o jovem sente, como se as emoções dele fossem de segunda categoria. “Às vezes é verdade que o drama adolescente é alimentado por suas fantasias, com pouca sustentação real – e olhando com o binóculo invertido que a experiência de vida confere, aquilo que o faz sofrer vai passar sem deixar sequelas. Mas o sofrimento atual é verdadeiro e não pode ser negado. Esta frase, geralmente enunciada com arrogância pelos pais, não favorece a aproximação nem a intimidade. Pior: não ajuda o jovem a resolver o problema que o angustia”, argumenta Aratangy. Já para a psicopedagoga Roseli, os pais precisam exercitar a paciência e ouvir os filhos. “Isso significa respeito, afinal eles repetem o exemplo. Os pais são referências dos filhos e suas atitudes podem ter um impacto positivo ou negativo na formação da personalidade.O ideal é interagir fazer perguntas reflexivas, valorizar sua opinião sobre o assunto, para entender como ele está percebendo o mundo, só depois faça a intervenção para amenizar às angustias e conflitos desta idade. Afinal é uma época de altos e baixos em termos de oscilação do humor”, conclui.

6. “VOCÊ AINDA VAI ME AGRADECER POR ISSO”

Para o adolescente, os fatos são exagerados e eles guardam mágoa muito fácil. O papel do adulto é reduzir esse exagero e não fazer drama. Sua filha quer ir numa festa em outra cidade, por exemplo, e você não deixa. Então, ela joga na sua cara que tudo na vida dela é proibido. Não responda ela com algo como: “você ainda vai me agradecer por isso”. Converse com calma e faça-a enxergar que não é bem assim e tente mostrar o seu lado. Aponte tudo o que você permite que ela faça.

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7. “VOCÊ AINDA VAI ME AGRADECER POR ISSO”

Para o adolescente, os fatos são exagerados e eles guardam mágoa muito fácil. O papel do adulto é reduzir esse exagero e não fazer drama. Sua filha quer ir numa festa em outra cidade, por exemplo, e você não deixa. Então, ela joga na sua cara que tudo na vida dela é proibido. Não responda ela com algo como: “você ainda vai me agradecer por isso”. Converse com calma e faça-a enxergar que não é bem assim e tente mostrar o seu lado. Aponte tudo o que você permite que ela faça.

8. “SE EU TIVESSE A SUA IDADE”

“O fato é que os pais já tiveram essa idade. Se não aproveitaram melhor, nem por isso têm agora o direito de se vingar no filho, impedindo que ele viva essa idade no tempo dele da melhor maneira que puder: às vezes acertando, outras errando, sempre aprendendo”, explica Aratangy.

9. “VOCÊ TEM A VIDA TODA PELA FRENTE”

Toda vez que seu filho sai para a balada você faz uma lista enorme das mesmas recomendações? Cuidado, isso pode acabar ficando cansativo. Vai chegar uma hora em que o garoto nem prestará mais atenção no que você diz e os conselhos cairão no vazio. “Este não é o momento mais recomendado para fazer essas recomendações, pois corpo e mente do adolescente nesta situação de expectativa pela a saída entra numa hipnose que nada do que for dito será processado. O ideal é a fala vir agregada ao afeto como, por exemplo, um beijo, um abraço e aquele leve sussurro ao pé de ouvido: ‘cuide-se e lembre-se do que sempre conversamos'”, orienta a psicopedagoga Roseli Silva do Amaral. Lembre-se: “esse tipo de conversa precisa fazer parte da rotina familiar, e não apenas em uma determinada situação, para que sempre ele aconteça de forma leve e instrutiva”.

10. “O QUE VAI SER DO SEU FUTURO?”

Não é recomendável assustar o filho. Nem ficar falando que ele não leva a vida a sério. Os pais precisam mostrar os riscos que o jovem corre por estar vivo, mas sem inibi-lo. Mostrar a realidade do mundo com equilíbrio é o caminho. “A explicação para a importância do estudo na vida do filho, por exemplo, terá que vir junto com a construção diária do que ele tem como projeto de vida para o futuro. A princípio parece distante da realidade do adolescente, mas somente teremos uma árvore com forte raiz e frutífera se a cada dia pacientemente regarmos, assim são os adolescentes. Portanto, é importante estimular nos jovens atitudes empreendedoras na construção do seu projeto de vida. São atitudes que vão muito além de dirigir sua própria empresa. Trata-se de uma série competências ensinadas e desenvolvidas que guiam crianças e jovens para que independente de suas escolhas, sejam pessoas realizadas e acima de tudo felizes”, afirma Roseli.

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11. “APROVEITA A VIDA AGORA, PORQUE DEPOIS A FESTA ACABA”

Segundo Aratangy, essa é a mais perigosa de todas as frases. “Ora, se depois a festa acaba, se no mundo adulto não existem festas, por que o adolescente não iria fazer tudo o que tem vontade de fazer agora? Em nome de que valor ele deveria frustrar-se e abrir mão de alguns prazeres, se a festa é só agora? Por que ele haveria de cuidar-se para chegar íntegro ao futuro, de que lhe vale estudar – se á sua frente se descortina uma vida sem festas e sem cores?” Mostre que tudo que seu filho faz hoje, vai, sim, refletir no futuro dele, por isso as escolhas são importantes. Mostre ainda que a vida adulta é desafiadora, mas também pode ser muito prazerosa. “O diálogo com os filhos é um exercício diário que abre um canal de confiança. É essencial respeitar, demostrar interesse, dar afeto, proporcionar segurança e também, saber ser firme nas questões de limites quando necessário”, conclui a psicopedagoga Roseli.

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