Venci a insônia
Primeiro, tomei remédio para relaxar. Depois passei a fazer ioga e mudei a alimentação. Hoje, durmo naturalmente
Durmo de seis a sete horas direto e,
de quebra, me livrei da dor de cabeça
e das olheiras
Foto: Divulgação
Eu rolava de um lado pro outro na cama, mas não dormia. E olha que eu só me deitava a 1 h da manhã, depois que a minha filha Angélica chegava do trabalho na lanchonete. A programação da madrugada na televisão eu sabia de cor. Eu só cochilava lá pelas 4 h da matina. Mesmo assim, era um sono leve: qualquer motor de motocicleta me acordava. Às 6 h já estava de pé, com a sensação de que meu corpo pesava uns 200 kg.
Caí de sono e bati a cabeça no chão
Pra mim, o meu sono ruim era conseqüência do meu dia-a-dia agitado. Eu trabalho seis dias por semana no salão de cabeleireiro e ainda faço bico em casa nas horas livres. Como eu sempre dormi pouco, nunca achei que tivesse insônia. Na minha cabeça, os outros é que dormiam demais. Até que, num sábado à noite, eu apaguei. Tinha acabado de falar ao telefone com meu filho e puf! Minha filha me despertou aos gritos: eu tinha literalmente caído de sono e batido a cabeça no chão. Nem assim, acordei.
Assustada, procurei um clínico geral. Graças a Deus, a tomografia não acusou nada terrível, como um tumor. Mas o doutor me encaminhou para o Instituto do Sono, da Universidade Federal de São Paulo. Comecei meu tratamento aos 42 anos de idade, depois de dormir duas noites no hospital monitorada por aparelhos.
O exame, chamado polissonografia, acusou insônia mesmo. A neurologista Dalva Poyares me explicou que, naquela noite do “apagão”, eu havia dormido rápido demais porque estava privada de sono há muito tempo. Não foi um desmaio, como eu temia. Mas como isso poderia acontecer de novo, fui proibida de dirigir.