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O que é ‘peeling’ e como ele funciona

Eles são usados para reduzir manchas, cicatrizes de acnes e rugas, mas também possuem riscos. Confira os principais tipos, seus benefícios e seus perigos

Por Lorraine Moreira
Atualizado em 16 jul 2024, 16h30 - Publicado em 28 jun 2024, 10h04
Peeling de fenol foi proibido pela Anvisa
Peeling atua contra irregularidades da pele, mas tem riscos (Anna Shvets/Pexels)
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Você conhece o peeling? Esse tratamento estético é feito a partir de substâncias químicas, físicas ou mecânicas que promovem a renovação celular, melhorando a textura e suavizando as cicatrizes, manchas e linhas finas. 

Existem diversos tipos de peelings, que oferecem desde tratamentos superficiais até os mais profundos. Confira a seguir os mais conhecidos, além dos benefícios e riscos desse procedimento.

O que é peeling e como funciona?

Peeling é um procedimento dermatológico que promove a renovação da pele através da aplicação controlada de agentes químicos, físicos ou mecânicos”, explica a médica dermatologista Fernanda Cassain.

O processo resulta em descamações da pele, retirando parte das irregularidades cutâneas, como manchas, cicatrizes de acnes e rugas.  

Os principais tipos de peeling são o químico e o físico. O peeling químico usa substâncias como ácidos ‒ glicólico, salicílico etc ‒ para esfoliar a pele, podendo ser superficial, médio ou profundo, enquanto o físico utiliza métodos mecânicos, como microdermoabrasão ou esfoliantes com partículas abrasivas, para remover as camadas da pele, geralmente de forma menos agressiva”, acrescenta a médica Fátima Tubini, especializada em tratamentos estéticos. 

Tipos de peelings mais comuns

Peeling de fenol

O peeling de fenol consiste na aplicação de uma solução com fenol na pele, promovendo a renovação de forma mais profunda e agressiva.

Depois da morte de um homem de 27 anos que havia realizado um peeling à base dessa substância, a Anvisa proibiu temporariamente a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e o uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos.

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Peeling físico

Através de instrumentos abrasivos como escovas, cristais ou lixas, o peeling físico esfolia a camada mais superficial da pele.

Peeling químico

Outra opção é o peeling químico. Ele utiliza substância químicas, como ácidos, para descamar a pele e pode ser personalizado conforme as necessidades do paciente.

Peeling de diamante

Entre os métodos menos invasivos, o peeling de diamante é feito a partir de uma uma ponteira de diamante para esfoliar a pele.

Peeling ultrassônico

Mais uma alternativa é o peeling ultrassônico. Por meio de ondas ultrassônicas, ele esfolia e rejuvenescer a pele.

Peeling funciona contra manchas, rugas e cicatrizes
Peeling deve ser feito por um profissional (Anna Shvets/Pexels)
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Quais os benefícios do peeling para a pele?

Entre os benefícios do peeling, Fernanda destaca:

  • Melhora da textura da pele: Peelings ajudam a remover as células mortas da superfície.
  • Redução de manchas e hiperpigmentações: São eficazes no tratamento de manchas escuras, como melasma e hiperpigmentação pós-inflamatória.
  • Tratamento de cicatrizes de acne: Peelings podem suavizar cicatrizes superficiais de acne.
  • Redução de linhas finas e rugas: Ao estimular a renovação celular e a produção de colágeno, peelings podem atenuar linhas finas e rugas.
  • Controle da acne: Peelings químicos, como os de ácido salicílico, são eficazes no tratamento da acne, ajudando a desobstruir os poros e reduzir a inflamação.
  • Estímulo à renovação celular: O procedimento acelera a regeneração celular, promovendo uma pele com aparência mais saudável.
  • Melhora da absorção de produtos tópicos: Após um peeling, a pele tende a absorver melhor os produtos de cuidado, potencializando seus efeitos.
  • Redução de poros dilatados: Peelings ajudam a minimizar a aparência de poros dilatados.

E quais riscos estão associados ao peeling?

Embora o peeling possa oferecer muitos benefícios, ele também apresenta riscos que devem ser considerados, de acordo com a médica, que pontua os principais:

  • Irritação e vermelhidão: Após o peeling, é comum a pele apresentar vermelhidão e irritação temporária.
  • Descamação e secura: O peeling provoca descamação da pele, que pode resultar em sensação de secura e desconforto temporário.
  • Alterações na pigmentação: Em alguns casos, pode ocorrer hiperpigmentação (escurecimento) ou hipopigmentação (clareamento) da pele, especialmente em pessoas com tons de pele mais escuros.
  • Infecção: Existe o risco de infecção se a pele não for devidamente cuidada após o procedimento.
  • Cicatrizes: Peelings mais profundos apresentam um risco maior de cicatrizes permanentes, especialmente se não forem realizados corretamente.
  • Reações alérgicas: Alguns indivíduos podem apresentar reações alérgicas aos produtos químicos utilizados no peeling.
  • Sensibilidade ao sol: Após um peeling, a pele fica mais sensível à luz solar, aumentando o risco de queimaduras solares e danos UV.
  • Dor e desconforto: Dependendo da profundidade do peeling, pode haver dor e desconforto durante e após o procedimento.

“Para minimizar esses riscos, é fundamental que o peeling seja realizado por um profissional qualificado, que fará uma avaliação adequada da pele do paciente e escolherá o tratamento mais apropriado”, diz ela. Além disso, é preciso seguir as orientações pós-procedimento para uma recuperação segura e eficaz.

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Quem não pode fazer peeling?

Existem algumas contraindicações para o peeling, que variam conforme o nível do procedimento.

Pessoas grávidas, que estão amamentando, com pele muito sensível, com infecções ativas na pele ou que fazem uso de determinados medicamentos devem evitar o tratamento. 

Outras contraindicações são para quem tem histórico de cicatrizes hipertróficas ou queloides, além de pessoas com pele bronzeada ou que tiveram exposição recente ao sol.

“Aumenta o risco de hiperpigmentação pós-inflamatória”, explica ela.

Também é necessário avaliar doenças autoimunes e, no caso de peeling profundo, o fototipo do paciente e as patologias associadas.

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Existe diferença entre peeling e ácido?

Peeling e ácido são termos que frequentemente se sobrepõem, mas possuem significados distintos no contexto dermatológico.

O peeling é um procedimento que pode ser realizado usando diferentes métodos, incluindo agentes químicos, físicos ou mecânicos, para promover a renovação da pele. Já o ácido é um tipo específico de agente químico frequentemente utilizado em peelings químicos.

Posso combinar o peeling  com outros tratamentos?

Combinar o peeling com outros tratamentos é uma forma de potencializar os resultados, segundo Fátima, mas essa decisão deve ser pautada em uma avaliação médica.

Laser, microdermoabrasão, tratamentos tópicos, terapia fotodinâmica e microneedling podem ser realizados em conjunto com o peeling, mas é preciso uma avaliação cuidadosa das necessidades e condições da pele”, indica Fernanda.

Procure um profissional qualificado

Para fazer um peeling com segurança, é importante procurar um profissional qualificado, como dermatologistas e médicos que trabalham com medicina estética. “Eles têm o conhecimento necessário para avaliar a pele, escolher o tipo de peeling mais adequado e realizar o procedimento corretamente, minimizando os riscos de complicações”, finaliza Fátima,

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