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Será que você convive com uma pessoa narcisista? Confira os sinais

Arrogância excessiva, egoísmo e um senso assustador de grandiosidade são marcas do narcisismo

Por Kalel Adolfo
Atualizado em 10 ago 2023, 11h32 - Publicado em 10 ago 2023, 11h20

Arrogância, egoísmo e um enorme senso de grandiosidade: todos esses traços, apesar de desagradáveis, são comuns a qualquer pessoa. Contudo, em excesso, a história acaba sendo bem diferente. Nos casos em que a prepotência ultrapassa todos os níveis — sendo excessiva e recorrente —, podemos sim estar lidando com um indivíduo narcisista.

“Essa expressão vem da lenda de Narciso, que de tanto amor-próprio, acabou se afogando após passar muito tempo olhando o seu reflexo na água. Esse é basicamente o conceito do Transtorno de Personalidade Narcisista: pacientes extremamente autocentrados, que não possuem bastante empatia e se enxergam como superiores aos outros”, explica Danielle Admoni, psiquiatra geral.

E aí, conseguiu pensar em alguém que convive com você? Pode parecer besteira, mas o problema, quando não identificado ou tratado, pode trazer consequências devastadoras tanto para a pessoa que possui o transtorno quanto para aqueles à sua volta.

A seguir, você confere os principais sinais de que você está lidando com um narcisista:

Sintomas do Transtorno de Personalidade Narcisista

Além dos sinais já mencionados acima — falta de empatia, senso exagerado de grandiosidade e a necessidade de ser o centro das atenções —, Danielle revela que os narcisistas tendem a exagerar em suas falas, causando até mesmo espanto pela magnitude de suas afirmações. “Eles dizem que são maravilhosos, que merecem tudo e acabam diminuindo o próximo pois se sentem muito superiores ao resto do planeta”, pontua.

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Segundo a psiquiatra, não é incomum que essas pessoas sejam extremamente seletivas em relacionamentos (amistosos ou românticos), pois acreditam ser tão especiais, que só podem estar envolvidas com seres tão magníficos quanto elas. “Existe a necessidade de receber um tratamento diferenciado, tendendo a se sentirem frustrados quando alguém não os trata de maneira privilegiada.”

Outro ponto muito importante é a inveja: a especialista compartilha que os narcisistas tendem a sentir muito ciúmes das conquistas alheias, desejando sempre ter o que é do outro. “Esse transtorno também faz com que os indivíduos projetem esse sentimento em suas relações, os levando a acreditar que os outros que sentem inveja dele”, complementa.

Uma enorme dificuldade em ter limites faz parte do transtorno, provocando a infração de regras — não é incomum que muitos sejam infiéis — e explorem as pessoas ao seu redor: “Eles querem que todos os vejam da mesma maneira que se enxergam, acarretando em uma atitude surpreendente prepotente”, afirma.

Por último, ela explica que o narcisismo faz as pessoas não compreenderem as necessidades humanas, explorando o outro e monopolizando quaisquer situações, desde conversas informais até reuniões ou discussões.

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É possível se relacionar com uma pessoa narcisista?

Para Danielle, é possível (porém muito difícil) conviver com alguém que possui o transtorno: “O paciente sempre vai querer ser o centro das atenções, então desde o início, a pessoa precisa ter muito claro de que não terá um retorno ou reconhecimento notável com aquele indivíduo. Portanto, sim, é possível, mas é imprescindível entender a dinâmica do quadro”, recomenda.

Ela exemplifica compartilhando os casos de mães narcisistas: “Os filhos delas acabam crescendo com o sentimento de inferioridade, como se eles tivessem atrapalhado ou dado muito trabalho. Num geral, quem convive com o narcisismo acaba sofrendo o inverso da condição: há a sensação de ser desinteressante, inferior, insignificante, não merecedor: justamente o contrário de como o narcisista se vê”, alerta.

Narcisismo tem cura?

Mas e aí, tem cura? De forma direta, não. Porém, Danielle Admoni afirma que é possível ter altos níveis de melhora através da psicoterapia. “É através de um especialista que o indivíduo entrará em contato com noções de empatia, treinando a sua capacidade de pensar no outro. Também é desconstruída a ideia de que o paciente é o centro do mundo”.

Ela acrescenta: “Isso sem contar que, frequentemente, precisamos tratar condições associadas ao transtorno, como ansiedade e depressão. Portanto, não é que estamos ‘tratando’ a personalidade narcisista, mas sim, diminuindo o impacto de tudo aquilo que está ligado à ela”, esclarece.

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