Se a médica for do sexo feminino, as mulheres sobrevivem mais ao infarto
Estudo norte-americano levou em consideração dados de quase 582 mil pacientes
As mulheres têm maiores chances de sobreviver a um infarto agudo do miocárdio se a médico de emergência for do sexo feminino. É o que mostra um estudo publicado na segunda-feira (6) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
“Descobrimos que a conformidade de gênero aumenta a probabilidade de um paciente sobreviver a um ataque cardíaco e que o efeito é impulsionado pelo aumento da mortalidade quando os médicos tratam pacientes do sexo feminino”, disse Brad Greenwood, um dos autores do estudo, ao The Guardian.
De acordo com o estudo, 13,3% das mortes por ataque cardíaco ocorridas quando os profissionais de saúde eram do sexo masculino correspondiam a mulheres, enquanto a taxa cai para 12,6% em pacientes homens. A diferença na porcentagem é menor entre o gênero quando a médico é do sexo feminino (0,2%).
A pesquisa levou em consideração dados de quase 582 mil pacientes que sofreram um ataque cardíaco e foram atendidos em hospitais da Flórida, nos Estados Unidos, entre 1991 e 2010. Independentemente do sexo, os pesquisadores observaram que, no geral, 11,9% dos pacientes com ataque cardíaco faleceram no hospital.