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Queloide: tudo o que você precisa saber sobre o assunto

Das causas aos melhores tratamentos, tire suas dúvidas sobre o problema.

Por Júlia Warken
Atualizado em 20 jan 2020, 08h31 - Publicado em 16 ago 2017, 19h38
 (Carolita Horita/MdeMulher)
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O surgimento do queloide na pele é um problema que afeta milhares de pessoas e muitas pessoas não sabem direito como lidar com isso. Por isso, gente conversou com a dermatologista Caroline Semerdjian, do Hospital 9 de Julho, de São Paulo, para esclarecer todas as dúvidas a respeito desse assunto. 

O que é o queloide?

É uma cicatrização exagerada da pele. Ele surge em decorrência de machucados, pontos feitos em cirurgia, perfurações para piercings e brincos e até mesmo tatuagens. Ao invés de criar uma marca lisinha, a pele cicatrizada fica mais protuberante, apresentando também uma coloração diferente da original.

O que faz com que o corpo desenvolva essa cicatrização irregular?

Caroline diz que não há uma conclusão científica que explique por que certas pessoas desenvolvem queloide e outras não. “É uma coisa que é meio ingrata. Não está relacionado à deficiência de vitaminas ou à alguma alteração no sangue. É apenas referente ao tipo de cicatrização de cada um”.

Como posso descobrir se minha pele desenvolve queloides?

A médica explica que não há nenhum tipo de exame capaz de detectar o problema. “A pessoa só descobre a tendência depois que faz alguma cirugia, ou perfuração, por exemplo”.

É nocivo à saúde?

Não. O queloide costuma incomodar por causa do aspecto, mas a sua formação não apresenta riscos à saúde.

Existe cura?

Não, mas é possível evitar ou, ao menos, minimizar a formação de queloides. Se você já teve o problema no passado – ou tem medo de ter – e precisa passar por uma cirurgia, Caroline aconselha que isso seja informado ao cirurgião. “Assim, quando o médico for dar o ponto na pele, ele vai tomar o máximo de cuidado e usar o menor fio possível. E, para evitar que o queloide surja, é preciso dar uma atenção especial ao pós-operatório”.

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Existem tratamento?

Sim. A médica diz que o tipo de tratamento varia de acordo com as particularidades de cada queloide – como tamanho e localização. “Para um que seja baixinho, pequeno e recente, podem ser usadas pomadas à base de corticoide. Aplicada à longo prazo, essa pomada – ou adesivo – faz a cicatriz baixar. Para as lesões maiores, a gente costuma utilizar o corticoide injetado diretamente no queloide”. As pomadas também podem ser usadas no pós-operatório para evitar o surgimento de novos queloides.

Nos casos em que o queloide já existe, a aplicação do remédio não faz com que a pele volte a ter a coloração original. “Vai ficar uma mancha, mas melhora bastante o aspecto”, explica Caroline. Para os queloides que se formam no lóbulo da orelha, a dermatologista aconselha cirurgia plástica.

Por fim, em situações onde a lesão é muito grande, também é possível fazer a chamada betaterapia. “É uma radiação – como se fosse um raio-x, vamos dizer assim”, explica.

É contagioso?

Não. O queloide não é causado por meio de vírus, nem de bactéria, por isso não é contagioso.

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Alguns grupos étnicos desenvolvem queloide com mais facilidade?

Sim. Negros, asiáticos e índios – ou descendentes desses grupos étnicos – têm mais propensão a desenvolver queloide. “Essas pessoas precisam ter um cuidado maior”, alerta Caroline. Segundo a dermatologista, não há uma explicação científica sobre a razão pela qual esses grupos estão mais propensos a desenvolver o problema. “Essa maior incidência é algo que observamos ao longo dos anos, mas não sabemos dizer o por quê”.

É hereditário?

Não necessariamente. Se sua mãe tem problemas com queloide, isso não significa que você terá também. Mesmo assim, se você pertence aos grupos étnicos citados acima, deve tomar cuidado.

 

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