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Quais são as doenças de inverno e o que fazer para evitá-las

Existem vários fatores que tornam os meses mais frios perfeitos para a proliferação de doenças como gripe, sinusite, rinite e pneumonia.

Por Nathalia Giannetti
Atualizado em 15 jan 2020, 12h56 - Publicado em 19 jul 2019, 10h40

O inverno chega e com ele também vêm algumas doenças. Ao longo dos meses mais frios, consultórios e hospitais ficam cheios de pacientes com problemas respiratórios, infecções, dores no corpo, febre e nariz entupido. Isso acontece, principalmente, por dois motivos:

1. Durante essa época do ano, para esquentar os ambientes, temos o hábito de fechar todas as janelas, impedindo a circulação do ar e facilitando a transmissão de organismos nocivos de uma pessoa para outra.

2. O ar seco e poluído e as baixas temperaturas, característicos da estação “agridem a mucosa respiratória, propiciando uma maior facilidade para que vírus e bactérias se alojem e desenvolvam infecções”, afirma o dr. Flávio Sano, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

Mas quais são essas infecções a que estamos tão vulneráveis? E o que fazer para evitar as doenças? Nós conversamos com alguns especialistas de várias áreas da medicina e respondemos essas e mais perguntas sobre o assunto.

 

Gripe e resfriado

Os grandes vilões que, quando não tratados corretamente, podem desencadear outras doenças.

Apesar de serem diferentes, a gripe e o resfriado são infecções virais. “Transmitidos oralmente, os vírus se propagam mais facilmente no inverno, período em que as pessoas passam mais tempo em locais fechados e têm maior contato”, diz a infectologista. Marinella Della Negra, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

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Os sintomas, em geral, são parecidos, mas a gripe os apresenta de maneira abrupta e com febre alta (coriza, congestão nasal, tosse e dores no corpo são os sintomas comuns).

Para evitar a gripe, tome a vacina! “A vacinação é fundamental para a prevenção. Se a doença pode ser evitada por meio de vacinas, não tem motivo para não tomar”, ressalta a especialista da SBI.

Outras atitudes preventivas são evitar ficar em ambientes completamente fechados – abra pelo menos um pouco a janela para deixar o ar circular – e lavar bem as mãos sempre.

Pneumonia

A doença acontece quando os agentes infecciosos (vírus, bactérias ou fungos) que circulam pelo ar se alojam nos alvéolos pulmonares, onde há a troca do ar oxigenado pelo ar rico em gás carbônico que expiramos. Daí vem a dificuldade para respirar, dor no peito, fadiga, febre e tosse com ou sem muco.

Muitos dos casos de pneumonia acontecem após uma gripe ou resfriado que não foi curado completamente, pois essas infecções enfraquecem o sistema imunológico, deixando-o mais suscetível aos agentes que atacam o pulmão.

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Para evitar essa doença, é importante tomar cuidado para não criar condições que colaboram com a proliferação dos agentes infeciosos e te deixam mais vulnerável a eles. Então, evite ambientes fechados, mantenha seu calendário de vacinação em dia, tenha uma dieta saudável, trate gripes e resfriados de maneira adequada, não consuma bebidas alcoólicas excessivamente, já que ela diminuem a sua imunidade, e evite permanecer em locais com ar condicionado, pois além de colaborarem com a secura do ar, algo que facilita a penetração de germes no corpo, eles ajudam a disseminar os micro-organismos.

O tratamento de uma pneumonia pode ser bem simples, feito à base antibióticos. Mas há ocorrências mais graves da doença, quando é preciso internação determinada pelo médico.

 

Rinite alérgica

“A rinite é definida como a inflamação das mucosas nasais”, explica o Dr. Márcio Freitas, médico otorrinolaringologista.  As crises da rinite alérgica são desencadeadas pelo contato com alérgenos, substâncias que induzem reações alérgicas. Os alérgenos mais comuns são ácaros presentes na poeira, vírus e bactérias circulantes, os agentes poluentes, mudanças bruscas de temperatura e ar seco. “Tudo isso leva a sintomas nasais como coriza, prurido, congestão e obstrução nasal”, completa o especialista.  

O melhor jeito de prevenir uma crise de rinite é evitar o máximo possível agentes alérgenos. Por exemplo: sempre limpe a casa com aspiradores e panos úmidos, mantenha os ambientes bem ventilados e evite contato direto e prolongado com poluição.

O tratamento pode ser feito com antialérgicos, corticoides, spray nasal e antibióticos receitados por médico especialista.

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Sinusite

Em casos de sinusite, há uma inflamação na mucosa dos seios da face, região formada por cavidades ósseas ao redor do nariz e dos olhos, onde há sempre um fluxo de secreção.

Para a doença respiratória acontecer, é preciso que esse fluxo seja interrompido, algo que muitas vezes acontece pela obstrução das vias nasais em crises de rinite ou resfriados. O acumulo da secreção nas cavidades faciais acaba facilitando a proliferação bacteriana, que leva ao surgimento de sintomas como dores de cabeça, dores no rosto, tosse, febre, congestão nasal e cansaço.

Além de seguir as medidas de prevenção citadas nos dois tópicos anteriores, para evitar a sinusite, procure fazer uma lavagem nasal. Saiba mais sobre o assunto aqui.

O tratamento da sinusite é bastante parecido com o da rinite, mas, antes de tomar qualquer medicamento, consulte o médico!

 

Bronquite

“Quando falamos em bronquite, estamos dizendo que os brônquios – que são aqueles pequenos ‘canos’ que levam o ar até os pulmões – estão inflamados”, aponta a Dra. Caroline Uber Ghisi, pneumologista do Hospital do Pulmão. 

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As causas para essa inflamação podem ser muitas, de exposição a fumaças, poeiras ou produtos químicos até por contágio de vírus e bactéria, caracterizado, assim, a bronquite aguda.

Entre os sintomas estão falta de ar, irritação na garganta, febre, tosse com secreção, chiado e dor no peito. Para aliviá-los é indicado fazer inalação com soro fisiológico, utilizar umidificadores de ar e anti-inflamatórios, antibióticos e outros remédios receitados pelo médico

Amigdalite

A inflamação das amígdalas, órgãos de defesa localizados nas laterais da garganta, pode ser de origem viral ou bacteriana. Em ambos os casos, os sintomas são os mesmos: febre, dor de garganta, falta de apetite, dificuldade para engolir e inchaço dos gânglios do pescoço. 

Para evitar amigdalite, procure estar sempre em ambientes bem ventilados, nos quais a circulação de bactérias e vírus é dificultada, mantenhas as mãos limpas e evite levá-las, junto com qualquer objeto, à boca.

Seu tratamento consiste basicamente na ingestão de anti-inflamatórios ou antibióticos e analgésicos, mas é sempre indicado consultar o médico, principalmente se houver presença de pus.

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Otite

A otite média é um tipo de infecção viral ou bacteriana que atinge o ouvido médio, localizado atrás do tímpano. “O problema é mais frequente no inverno devido ao aumento das infecções de vias aéreas”, conta o Dr. Márcio Freitas. Assim, a otite normalmente vem após um quadro de gripe ou resfriado.

Seus sintomas, em geral, são dor, sensação de ouvido fechado, dificuldade na audição, febre e secreção local. Já a prevenção é a mesma das outras infecções: mantenha janelas abertas para circular o ar, lave bem as mãos, evitando contato com os vírus e bactérias.

O tratamento da otite é feito por meio de antibióticos, corticoide e gotas ontológicas. Pode haver necessidade de cirurgia, caso a secreção fique retida no local. Então, antes de mais nada, procure ajuda médica!

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