Projeto Parto Adequado reduz em 17,7% o número de cesáreas em hospitais cadastrados
Integram o projeto 34 hospitais, com a meta de ampliar o número de partos normais
O projeto Parto Adequado, iniciado em abril de 2015, é integrado por 34 hospitais que tem o objetivo de mudar o modelo de atenção ao parto e ao nascimento, ampliando o número de partos normais. Em pouco mais de um ano, houve redução de 17,7% no número de cesáreas em comparação com o índice do início do projeto, em que as cesarianas representavam mais de 80% dos partos e agora representam 62,8% – de acordo com balanço de 13 meses. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o ideal é que essa taxa seja de, no máximo, 30% e o Brasil é um dos países com o maior índice de parto por cesárea no mundo.
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Com foco na produção de saúde e a qualidade nos serviços de atendimento a mães e bebês, o projeto é encabeçado pela Agência Nacional de Saúde (ANS), pelo Hospital Albert Einstein e pelo Institute for Healthcare Management (IHI). Em maio, foram 37,5% de partos normais – 13 meses atrás, essa taxa era de 19,8%. Quase 90% dos hospitais participantes aumentaram o número de partos normais.
“Estamos começando um processo duradouro e sustentável de reversão das altíssimas taxas de cesáreas que o país tem apresentado”, diz Martha Oliveira, diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS. “É um avanço imenso em pouquíssimo tempo, e que nos motiva a estimular e disseminar a iniciativa para todo o país” comemora.
O projeto é piloto e os partipantes são voluntários, podendo ser expandindo conforme a compravação do sucesso para a saúde de mães e bebês. Além do número de cesáreas, estão sendo acompanhados outros fatores pela ANS, como a taxa de internação em UTI neonatal. Em 12 dos hospitais parceiros, houve redução de 63 internações por mil nascidos vivos para cerca de 48, entre abril de 2014 e maio de 2016.