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Orelhas, pescoço e mãos: não se esqueça do filtro solar nessas regiões

As áreas, muitas vezes abandonadas dentro da rotina de cuidados com a pele, merecem tanta atenção quanto o seu rosto.

Por Ketlyn Araujo
Atualizado em 30 jan 2023, 13h14 - Publicado em 14 ago 2018, 19h10
Cropped unrecognisable woman standing in bathroom and touching her skin. (Lumina Stock/ThinkStock)
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Pergunta. Diariamente, quando você está em frente ao espelho aplicando o protetor solar no rosto – caso esse não seja um hábito diário, volte duas casas e comece já a inseri-lo na sua vida -, você costuma passar o produto não apenas na pele da face, mas também no pescoço, nas mãos e, veja só, nas orelhas? Seja sincera e, caso a resposta “não” venha logo à sua mente, saiba que, por mais que muita gente não se lembre de proteger essas regiões, chegou a hora de promover a elas o devido cuidado que merecem.

Mas antes, o básico: qual a importância do uso de filtro solar?

Para Luciana Maluf, dermatologista e consultora de beleza da Condor, usar protetor solar, de maneira geral, é o melhor jeito de proteger a pele dos danos causados pelo sol, tanto no do dia a dia quanto ao longo da vida, visto que o efeito da exposição aos raios solares é cumulativo (aumenta conforme os anos passam). Caso a pele não seja adequadamente protegida desses raios, por sua vez, eles podem alterar o DNA de algumas células, causando o aparecimento de manchas e o envelhecimento precoce do órgão (leia-se: rugas, flacidez e ressecamento) além de, claro, doenças graves como o câncer de pele.

A dermatologista Fernanda Pinto Caldeira, coordenadora do setor de dermatologia no Rio Branco Centro Médico (São José dos Campos), explica que os efeitos negativos causados pela exposição solar vêm da luz, e não do calor. Ou seja, se quem promove luz ao dia é o Sol, mesmo quando o tempo está nublado ou chuvoso, existe a presença de luz, logo, a incidência dos raios UV (ultravioleta):

“Um dia frio, com sol e sem nuvens, é um dia perigoso [para a pele]. Não precisa estar calor, dias claros são piores do que dias quentes com nuvens, por exemplo”, diz ela.

Vale pontuar que a ação contínua do filtro solar não serve apenas para bloquear a luz do sol, mas ela atua, também, protegendo a pele contra a luz visível e artificial, como ressalta Andréa Sampaio, dermatologista da Clínica Dermasense.

Dessa forma, atente-se às mãos, orelhas e pescoço

Seja por preguiça, falta de atenção ou por pura desinformação, muita gente acaba por aplicar o filtro solar apenas no rosto (lembrando que, aqui, não estamos falando sobre exposição contínua ao sol, como ocorre quando vamos à praia), e esquece de um fato importante: toda pele que sofre exposição solar crônica está sujeita à agressão causada pelos raios (resultando em manchas, vermelhidão, ardência, bolhas, câncer de pele) e, consequentemente, ao envelhecimento precoce.

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Luciana sugere um experimento comparativo: “Um exemplo muito fácil de ser demonstrado é o do homem que trabalha exposto ao sol [sem proteção]: rosto, orelhas, pescoço, braços e mãos são muito mais manchados, ressecados, de textura áspera, cheios de sulcos e rugas quando comparados à sua barriga, por exemplo, que no geral é bem mais clara, com poucas manchas e pele mais macia e saudável”, ilustra.

Unrecognizable african woman applying cream
(Kirill Kedrinskiy/ThinkStock)

No caso das orelhas, que pela posição que ocupam na cabeça ficam expostas à radiação UV de maneira mais direta (homens, inclusive, estão mais sujeitos a isso do que mulheres), caso não sejam protegidas podem permitir a formação de cânceres cutâneos no local. Muitas vezes, ao contrair um câncer de pele na orelha, o único jeito de removê-lo por completo é por amputação, acrescenta Andréa.

Já quando o assunto são as mãos, Fernanda destaca as populares “manchas de velhice”, que costumam pipocar nas mãos à medida em que o tempo vai avançando. A médica garante que elas têm, sim, relação íntima e direta com a exposição solar sem proteção. Portanto, vale aplicar o filtro também nas mãozinhas, dia após dia, para impedir que as manchas apareçam.

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Por fim, ela afirma que a área do pescoço, constantemente esquecida na hora de usar protetor solar, mas igualmente relevante, é uma das mais procuradas por clientes que desejam rejuvenescer a pele da região por meio de tratamentos dermatológicos – o que não costuma ser tão satisfatório assim:

“É uma área bem restrita para procedimentos de rejuvenescimento. Nem tudo o que se faz no rosto pode se fazer no pescoço, e nem na mesma intensidade – então, prevenir é muito importante”, alerta.

Como aplicar o protetor solar nessas áreas

Quanto à aplicação do protetor no pescoço e nas orelhas, não existem muitos segredos e ela segue a receita que você já conhece. O ideal é passar filtro solar de maneira uniforme, espalhando bem o produto em todas essas áreas (além do rosto, é claro), pelo menos duas vezes ao dia. A primeira, sempre antes de sair de casa, pela manhã, e a segunda no meio da tarde, período popularmente conhecido por “hora do almoço”.

A medida é de aproximadamente uma colher de chá de protetor para cada região que vai receber o produtinho. Já para quem trabalha em locais abertos, com exposição direta aos raios solares, o filtro deve ser aplicado no mínimo a cada duas horas, para evitar queimaduras.

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O mesmo vale para as mãos: para quem trabalha com elas diretamente expostas à luz solar, recomenda-se a aplicação do filtro também a cada duas horas. Já se você atua em locais fechados, passe-o nas mãos duas vezes ao dia (aproveite os períodos citados acima para fazê-lo). Aliás, toda vez que você lavar as mãos, tente reaplicar o protetor, e sempre priorize o dorso delas, que fica bem mais exposto do que as palmas das mãos e merece maior quantidade de produto.

Aliados poderosos

Além do protetor, cremes hidratantes e com componentes rejuvenescedores podem ser bons parceiros para prevenir o envelhecimento e cuidar da pele das mãos, do pescoço e das orelhas. Opte por rótulos que contenham ativos antioxidantes, clareadores e tensores, além daqueles que já possuem FPS em suas fórmulas.

Na praia e na piscina, bonés e chapéus também contribuem para a proteção das orelhas e, para quem fica exposto à radiação por maiores períodos – pessoas que trabalham embaixo de sol 24/7 ou, por exemplo, aquelas que dirigem durante um dia inteiro, como motoristas -, vale apostar em luvas contendo proteção UV, disponíveis no mercado e capazes de evitar a reaplicação do filtro nas mãos ao longo do dia.

A propósito, Fernanda tem um recado sobre o tema: “A vitamina D é de importância inimaginável, e nós necessitamos da luz do sol para produzi-la. Tudo o que se faz em exagero, na vida, não é prudente, inclusive na proteção solar. Claro que há condições patológicas e de tipos de pele que exigem isso mas, na maioria dos casos, não”, explica. Por isso, em caso de dúvidas e antes de sair por aí aplicando mais protetor solar do que você realmente precisa, consulte sua dermatologista.

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