MS confirma primeira morte por varíola dos macacos no Brasil
Vítima é um homem de 41 anos que estava internado em Minas Gerais
Nesta sexta-feira (29), o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. A vítima era um homem, de 41 anos, que estava com problemas de imunidade e tratando outras doenças, incluindo um câncer. Estava internado no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, e morreu na quinta-feira (28). O quadro dele se complicou com a varíola.
“É importante destacar que ele tinha comorbidades importantes e graves, severas, para que não leve a um grande alvoroço na população, achando que a letalidade é alta. A letalidade continua sendo muito baixa”, afirmou o secretário de estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, ao G1.
Transmissão da monkeypox
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. Nesta semana, a cidade de São Paulo confirmou três casos da doença em crianças.
Vale citar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência de saúde global no dia 23 de julho. O Brasil já contabilizava 978 casos confirmados da varíola dos macacos até ontem, dia 28. Hoje, passamos dos mil casos no país.
Baixa mortalidade
Apesar da confirmação, é importante ressaltar que a varíola dos macacos é uma doença com baixa mortalidade. Dos mais de 18 mil casos reportados em todo o mundo, 5 evoluíram para óbito.
Existe vacina?
Apesar de não ter uma vacina específica, a vacina tradicional contra a varíola também é eficaz contra a monkeypox. A OMS ressalta que pessoas com menos de 50 anos podem correr maior risco de contrair a doença, porque as campanhas de vacinação contra a varíola em todo o mundo terminaram quando a doença foi erradicada em 1980.