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Mulher morre de infecção generalizada após levar arranhões de cachorro

Carol Parsons, 72, contraiu sepse com os cortes, que levou à falência múltipla dos órgãos

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 15h58 - Publicado em 10 jul 2019, 12h31
Carol Parsons
Carol Parsons, de 72 anos, morreu após contrair uma infecção generalizada depois de levar arranhões de cachorro. (Daily Mail/Reprodução)
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Carol Parsons, de 72 anos, de Beeston, Nottingham, na Inglaterra, morreu duas semanas após levar dois pequenos arranhões enquanto brincava com o cão-guia de seu marido. Com os cortes, a idosa contraiu estreptococos – bactérias que causam infecção – que logo transformou-se em sepse, ou seja, uma infecção generalizada.

De acordo com um médico legista que investigou o caso, o cão não era portador da bactéria mas, sim, Carol. Ela carregava o microorganismo em sua pele. A senhora chegou a tratar os cortes com creme anti-séptico, mas adoeceu alguns dias depois e foi levada ao Queens Medical Centre, hospital da cidade.

Após ter sido examinada com testes de microbiologia de feridas, foi constatado que Carol sofria de uma infecção por estreptococos do grupo A em sua pele. Apesar dos esforços da equipe médica, a senhora desenvolveu a sepse, que levou à falência múltipla dos órgãos, de acordo com a legista assistente de Notthinghamshire, Laurinda Bower.

“Isso foi causado por um arranhão, não por uma mordida. O cachorro não estava carregando a bactéria”, explicou Bower ao Daily Mail. Concluindo que a morte da aposentada foi acidental, a médica acrescentou à família Parsons. “Vocês perderam uma super avó e isso é triste. Demonstra como a vida é preciosa”.

Como aconteceu o acidente

De acordo com o inquérito, Carol estava brincando com o cão-guia, chamado Quinney, na cozinha de sua casa quando ele pulou nela. O marido da senhora, Terry, contou que as garras do animal estavam desgastadas por conta das caminhadas.

Alguns dias após o incidente, a vítima começou a ficar doente e a sofrer cãibras. Seu marido, preocupado, pediu ajuda e levou-a para o hospital. O relatório médico constava que Carol estava com a pressão arterial baixa e, dentro de uma hora, foi colocada sob antibióticos.

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Testes biológicos constataram que ela tinha contraído uma infecção causada por bactérias que estavam em sua pele – e que, segundo os legistas, muitas pessoas carregam esses microorganismos com elas.

Bactéria estreptococo
Estreptococos, bactérias que causam diversas infecções, como a sepse. (SCIEPRO/Getty Images)

Os médicos encontraram dois arranhões, cada um com cerca de um centímetro de comprimento. No entanto, eram cortes superficiais, ou seja, não eram profundos o suficiente para causar sangramentos.

Carol sofreu um ataque cardíaco durante o tratamento hospitalar e morreu em 26 de fevereiro deste ano. “Sua falta será sentida por toda a família e amigos. Ela era única, mãe amorosa, irmã, avó e bisavó”, disse a família.

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Alerta

Sepse, ou infecção generalizada, atinge cerca de 250 mil pessoas no Reino Unido todos os anos e mata, pelo menos, 50 mil – um número maior que os cânceres de intestino, mama e próstata juntos, de acordo com o National Health Service (NHS), sistema de saúde britânico.

No Brasil, 55,7% dos indivíduos com sepse nas UTIs morrem. Foram constatadas 230 mil mortes por ano no país por causa da complicação.

Os hospitais devem submeter os pacientes com suspeita de sepse a tratamento com antibióticos dentro de uma hora. No entanto, os números do NHS sugerem que milhares de pessoas com a infecção estão esperando por mais tempo para receber os medicamentos.

Uma instituição de caridade britânica fez um alerta, na semana passada, afirmando que as vidas dos pacientes estão sendo colocadas em risco. Um em cada quatro suspeitos de sepse foram submetidos a uma espera muito longa por tratamento. Saiba mais sobre a sepse.

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