7 mitos e verdades sobre amamentação
Amamentar ajuda na prevenção contra o câncer de mama? O leite é suficiente para o bebê? Descubra
O leite é o alimento mais completo para o desenvolvimento da criança, e ainda incentiva o elo entre mãe e bebê. Apesar da Organização Mundial da Saúde recomendar que os bebês recebam aleitamento materno exclusivo até seis meses de idade, alguns mitos sobre amamentação ainda são repassados, o que desestimula mães a darem o peito para os filhos.
Aline Magnino, pediatra do Prontobaby Hospital da Criança, e Renata Iak, enfermeira obstetra e consultora de aleitamento materno da Clínica Parto com Amor, apontam o que é mentira e verdade sobre o assunto.
Mitos e verdades sobre a amamentação
Paciente com prótese de silicone têm o risco aumentado para o câncer de mama
Mito. “Não existe associação na literatura científica sobre implantes mamários de silicone e o risco de desenvolvimento subsequente de câncer de mama“, esclarece Renata.
A amamentação é fácil e natural para todas as mães
Mito. “A amamentação é um processo natural, mas nem por isso significa algo fácil ou sem qualquer complicação. Cada mãe possui um tempo para apojadura, cada seio tem um formato anatômico, cada criança possui seu tempo e processo de sucção”, pontua Aline. Portanto, não se sinta inadequada caso tenha dificuldades neste processo.
Mulheres que amamentam não podem realizar ultrassom das mamas e mamografia
Mito. “A mulher pode e deve realizar seus exames anuais preventivos referente a rotina ginecológica, o que solicitam é que ela ordenhe as mamas imediatamente antes do exame ou que amamente seu filho antes do início, assim as imagens ficam mais claras para qualquer diagnóstico”, afirma Renata.
O leite materno não é suficiente para o bebê
Mito. “O leite materno é o alimento mais completo e saudável para o crescimento da criança. A indicação da OMS é o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e de forma complementar até os 2 anos de idade. Toda criança deve ser acompanhada por um pediatra durante esta fase, para verificar seu crescimento, ganho de peso, entre outros aspectos”, explica Aline.
A amamentação pode proteger a mulher do câncer de mama
Verdade. “O corpo feminino fica menos exposto a determinados hormônios, os quais estão ligados à incidência do câncer de mama. Além disso, alguns processos que ocorrem na amamentação promovem a eliminação e renovação de células que poderiam ter lesões no material genético, diminuindo as chances de câncer de mama na mulher”, diz Renata.
Dificuldades na pega são comuns
Verdade. A pega inadequada é uma das principais causas de desconforto durante a amamentação. Superar esse desafio com o apoio de consultores de lactação, que oferecem orientações para uma pega correta, é uma possibilidade.
Mulheres que já tiveram o diagnóstico de câncer de mama podem amamentar após finalizarem os tratamentos
Verdade. “Mulheres que tiveram câncer de mama podem amamentar caso tenham terminado o tratamento e não estejam fazendo uso de medicação de controle. Pode haver também diminuição da produção láctea, principalmente na mama afetada, e o uso de galactogogos [medicações que estimulam a produção de leite] é contraindicada. A ideia seria estimular a mama preservada fazendo livre demanda e a produção com protocolo de ordenha”, termina Renata.