Mania de doença
Hipocondria é um mal que atinge cerca de 3% da população mundial. Previna-se dele!

Atenção: se você tem o hábito de
se automedicar procure apoio!
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Peregrinar por consultórios atrás de diagnósticos para toda e qualquer dor, mancha na pele ou pequena indisposição. Manter uma verdadeira farmácia em casa e recorrer a ela, por conta própria, quase que diariamente.
Você se identifica com essa rotina? Fique atenta! Ela faz parte da vida dos hipocondríacos. Pessoas assim realmente têm um problema, mas ele não é físico. É psicológico.
Quem sofre do mal é rotulado como alguém que tem mania de doença. “Isso acontece porque a pessoa fica o tempo todo se observando para ver se encontra algum problema. Se percebe uma pinta, já acha que é câncer”, exemplifica Marco Antônio Brasil, professor de psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O risco da automedicação “Vagando de médico em médico, esse paciente consegue atenuar a ansiedade, pois sai tranqüilo depois de ouvir que não há nada errado com ele. Mas a calma dura pouco. Basta um dia ou dois para a boa notícia ser colocada em dúvida novamente”, diz o psiquiatra.
Vários fatores levam à hipocondria e a única forma de tratá-la é recorrer à psicoterapia. O distúrbio merece cuidado. Em casos mais sérios, a pessoa nem consegue trabalhar: toda a sua atenção se volta para as doenças que acredita ter. E o hábito de se automedicar, típico dos hipocondríacos, é um risco enorme.
A origem do problema
Para desenvolver hipocondria, é necessário ter uma predisposição ou passar por uma situação que seja um gatilho para a doença se instalar. Os principais estopins são:
· Infância com pai ou mãe excessivamente preocupados com a saúde
· Personalidade muito autocrítica e introvertida
· Sofrer de depressão, ansiedade, síndrome do pânico e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
· Alguém da família ou a própria pessoa ter tido uma doença séria anteriormente
· A morte de um parente ou amigo muito próximo