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Mãe depois dos 40: entenda os riscos e planeje-se para evitá-los

Fernanda Lima, Ivete Sangalo, Ticiane Pinheiro... elas engravidaram com mais de 40, como muitas mulheres estão fazendo. Saiba mais sobre a gravidez tardia.

Por Daniella Grinbergas
Atualizado em 15 jan 2020, 20h26 - Publicado em 11 abr 2019, 16h12
 (Ileine Machado/MdeMulher)
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Não faz muito tempo que mulher tinha um tempo certo para engravidar: entre os 20 e 30 anos, no máximo, a família crescia. Mas, felizmente, com a mudança no papel social da mulher (e com uma ajudinha extra da medicina), está cada vez mais comum ver mulheres maduras, com mais de 40 anos, exibindo seus barrigões. É o caso de várias famosas, como Fernanda Lima, que anunciou a segunda gravidez, Ivete Sangalo, que engravidou das gêmeas aos 45 anos, e Ticiane Pinheiro, grávida aos 42.

Dados do Ministério da Saúde mostram que a taxa de gravidez tardia subiu 49,5% em 20 anos. “Essa mudança vem acontecendo com a maior participação da mulher no mercado de trabalho, que exige mais tempo para formação profissional e estabilização da carreira. Por conta disso, muitas mulheres decidem adiar a maternidade”, aponta o dr. Paulo Homem de Mello Bianchi, ginecologista especialista em reprodução humana e responsável pelo Centro de Reprodução Humana do Núcleo de Ginecologia do Hospital Samaritano.

Poder escolher o melhor momento para engravidar é libertador, mas atenção: nosso relógio biológico não é tão a favor! “Engravidar após os 40 é mais difícil, os riscos são maiores, principalmente por conta do envelhecimento dos óvulos”, alerta o dr. Alfonso Massaguer, ginecologista e obstetra, especialista em Reprodução Humana e diretor Clínico da MAE.

Mas a ciência trabalha a nosso favor! Então, se você está pensando em adiar a maternidade, saiba dos riscos e como agir para evitar alguns deles.

Por que é mais difícil engravidar após os 40?

Não tem jeito: a fertilidade feminina diminui drasticamente após os 35 anos. “A taxa de fecundidade cai para menos de 10% após essa idade”, afirma o dr. Edson Borges, diretor do Fertility Medical Group. Isso porque a mulher já nasce com todos os seus óvulos e eles vão diminuindo com o passar dos anos.

E os melhores são usados primeiro: “O corpo da mulher prioriza os óvulos em melhores condições de fecundação e desenvolvimento, que são utilizados na juventude. E a probabilidade de erros na divisão celular do embrião também aumenta com a idade”, atesta o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli.

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Quais são os riscos para a mulher que engravida com mais de 40?

“A gravidez tardia pode provocar pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, complicações no parto, aumento da possibilidade de aborto, nascimento prematuro e alterações genéticas”, lista o dr. Domingos.

O risco de abortamento é maior quando a mulher engravida com seus óvulos mais velhos. “Isso acontece devido ao aumento da frequência de erros genéticos nos óvulos de mulher com mais de 40. Eles podem dar origem a embriões com alterações genéticas graves, que, em geral, não conseguem completar etapas necessárias ao desenvolvimento de uma gestação normal, abortando”, explica o dr. Paulo.

Quais são os riscos para o bebê de uma mãe com mais de 40 anos?

“Há maior risco de malformações e síndromes cromossômicas, como Down”, diz o dr. Alfonso.

Há ainda a possibilidade do parto prematuro. “Isso ocorre devido à maior frequência de intercorrências durante a gestação, como pré-eclâmpsia, que, em estados mais extremos, podem culminar na necessidade de antecipar o parto para evitar a deterioração do estado de saúde da mãe e do feto e complicações mais graves. O problema é que o nascimento prematuro carrega diversos riscos para o bebê, que ainda não estava totalmente pronto para nascer”, afirma o dr. Paulo.

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 E se ela tiver feito uma fertilização com óvulos que congelou?

Este é o cenário ideal! “A principal dica para as mulheres mais jovens que pretendem adiar a maternidade é congelar os óvulos antes dos 35 anos”, aposta a dra. Caroluna Curci, ginecologista e obstetra. “Assim, a mulher mantém a chance de engravidar que tinha quando os óvulos foram congelados, preservando maior chance de gestação e menor risco de alterações genéticas nos embriões do que as que o fazem depois disto”, completa o dr. Paulo.

“Congelar os óvulos saudáveis é manter a porta aberta para uma gravidez no futuro”, diz o dr. Alfonso.

Mas atenção: O congelamento não reduz os riscos de outras intercorrências da gestação, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e parto prematuro, que dependem da idade e do estado de saúde da mulher ao engravidar.

O pré-natal de uma grávida com mais de 40 é diferente?

“Sim, com mais consultas e exames, como curva glicêmica precoce e exames cromossômicos do bebê”, diz o dr. Alfonso. “As consultas são mais frequentes e a monitorização do bem-estar da mãe e do bebê, mais intensivas, principalmente na segunda metade da gestação. O objetivo do pré-natal é identificar precocemente distúrbios da gestação, aumentando a chance de controle da situação e reduzindo riscos para a mãe e para o bebê”, explica o dr. Paulo.

“E eu recomendo uma equipe multiprofissional para fazer o acompanhamento, incluindo nutricionista e psicóloga”, conclui a dra. Carolina.

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